Ontem, na coletiva após a péssima exibição do Palmeiras contra o Botafogo/SP, que empataram em zero a zero, Abel Ferreira realizou um comunicado sobre a assinatura de pré-contrato com o Catar enquanto negociava renovação com o Verdão.
Palavras ao vento sem nenhum esclarecimento:
“Eu vou fazer uma breve declaração sobre esse assunto. Esperei até o dia de hoje porque gosto de falar com vocês olhos nos olhos, como sempre fiz.”
“A minha carreira de treinador é um livro aberto, começou em 2012. É um livro que tem capítulos de glória, alguns capítulos de tristeza e frustração, e tem duas, três páginas que eu rasgaria, mas infelizmente eu acho que um livro é genuíno quando todos os ingredientes estão lá dentro”
“Eu gostaria de acrescentar mais ainda, porque já utilizei várias vezes, inclusive no passado: ‘Sou dono da minha alma e capitão do meu destino’, e quis o capitão do meu destino que eu chegasse no Palmeiras em 2020. De 2020 até o dia de hoje, eu quero dizer bem alto para aqueles que não ouviram, que não vou alterar uma vírgula do que disse a sete meses: eu estou no Palmeiras e sou treinador do Palmeiras”
“É bom, é um orgulho, o capitão do meu destino me trouxe ao chiqueiro e ao Palmeiras. Ganhamos, já ganhamos esse ano e se Deus quiser vamos ganhar com trabalho de todos dentro do CT”
“Estou onde quero estar e estou onde querem que eu esteja. Gostaria de dizer muito mais do que disse aqui, gostaria de dizer o que vai na alma e no coração, muita coisa foi dita agora e no ano passado, muita gente fez afirmação e eu sempre disse o mesmo: eu sou o treinador do Palmeiras e estou aqui com muito orgulho”
“Não vou falar mais falar sobre esse assunto, há quatro meses bateram na mesma tecla e hoje continuo aqui e se tudo corre normalmente até 2025, que é o contrato que eu tenho. Sobre esse assunto eu não falo mais. Essa é a única verdade e a única certeza. Muito obrigado de coração aos torcedores pelo apoio e carinho. Era isso que eu queria dizer. Sobre esse assunto não falo mais”
Apesar do ridículo pedido para não ser questionado mais sobre o tema, a pergunta surgiu, e Abel respondeu:
“(Se assinou o pré-contrato) Vamos ver… Não falo mais sobre esse assunto, só há uma verdade, e você abe qual é. Tem que escolher o que querem dizer. Só há uma verdade e uma certeza, só isso”
Ao não ter coragem de esclarecer se corneou ou não o clube que o retirou do ostracismo para a relevância, Abel, com a conivência da diretoria – também em silêncio -, desrespeitou a todos os torcedores do Palmeiras que o tratam como ídolo.