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Por NAPOLEÃO DUMONT*

Nos dias das três grandes manifestações públicas contra o Governo e a favor do “impeachment”, que ocorreram na Avenida Paulista, o Prefeito Fernando Haddad obrigou as empresas de transportes coletivos a retirar os ônibus de circulação, com intenção evidente de dificultar o deslocamento dos populares para a região da concentração.

Mesmo assim, milhões, com grande sacrifício, conseguiram chegar lá, enfrentando dificuldades na ida, e, pior ainda, na volta. Dezenas de milhares não puderam deslocar-se e participar.

As avenidas de São Paulo estavam desertas de ônibus de transporte urbano. São milhares de testemunhas desse esvaziamento.

No próximo dia 13, a Prefeitura usará do mesmo expediente: vai retirar os ônibus das ruas. Circularão apenas umas poucas dezenas, para disfarçar. Milhares de doentes não poderão buscar socorros médicos e hospitalares.

O provável esvaziamento no dia 13 comprovará os anteriores.

Mas desta vez, os organizadores do movimento devem preparar-se para impedir nova medida da Prefeitura, em prejuízo da população. E a Companhia do Metropolitano – que é de responsabilidade do Governo Estadual – deverá colocar composições extras.

Mas não basta.

O Ministério Público Estadual, como fiscal da Lei e defensor dos interesses indisponíveis da sociedade, deverá obter liminar judicial para impedir Prefeitura e Concessionária de Transportes Urbanos de retirar ônibus no dia 13, sob pena de multa de alguns milhões de reais por veículo retirado de circulação. E estudar a possibilidade de Improbidade Administrativa.

Veremos de que lado está o Ministério Público.

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