Robinho desiste de conceder entrevista a Roberto Cabrini

No último dia 30, o Blog do Paulinho revelou que Roberto Cabrini solicitou à Justiça autorização para entrevistar o ex-jogador Robinho, condenado a nove anos de prisão por estupro, no presídio de Tremembé.

A juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, da Vara de Execuções Penais de São José dos Campos, determinou ao diretor da penitenciária um parecer sobre a possibilidade.

Segundo fonte da penitenciária, a TV Record teria se acertado financeiramente com o entrevistado.

Em 04 de fevereiro, a direção de Tremembé chamou o detento para conversar sobre o assunto; a reunião foi registrada em Ata, à qual o tivemos acesso:

“Neste ato, (Robinho) foi cientificado de seu direito constitucional de permanecer calado, conforme descreve o art. 5º, Inciso LXIII e, após, estando livre de qualquer coação, pela comissão passou a ser interpelado onde às perguntas que lhe foram feitas disse que: que foi incluso nesta unidade prisional no dia 23/03/2024 em cumprimento de pena no regime fechado”

“Questionado sobre conceder entrevista para a rede de TV Record, representada no ato em questão pelo jornalista Francisco Roberto Cabrini, respondeu que: que no momento pede a compreensão do órgão de imprensa, em especial ao jornalista em referência, mas que não aceita conceder entrevista”

“Que analisará melhor e, numa oportunidade futura entrará em contato com o órgão de imprensa”

“Nada mais lhe foi perguntado”

“Lido e achado conforme vai devidamente assinado pelo declarante e por todos os presentes. Nada mais”

Além de Robinho, assinam a Ata seu advogado José Luiz Moreira de Macedo e Vagner Luis de Souza, funcionário de Tremembé, a quem este jornalista conhece bem.

É pouco provável que Cabrini perderia tempo na Justiça se a entrevista não estivesse previamente acertada com o ex-jogador.

O Blog do Paulinho não duvida, conhecendo os bastidores do presídio, que Robinho tenha sido ‘estimulado’ a desistir do acordo com a Record, talvez temeroso de possíveis represálias nos longos anos que ainda precisará cumprir no local, que poderiam impactar no processo de progressão de regime para o semi-aberto e, posteriormente, o aberto.

Não seria o primeiro preso ameaçado, se for o caso, com punições graves de prontuário.

Tremembé é, digamos, zeloso com a discrição dos excessos praticados na penitenciária e não vê com bons olhos entrevistas que possam, de alguma maneira, resultar em inspeções indesejadas.

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