Vai de Bet pagou o Corinthians em Bitcoin. CPI das BETS investigará operação

“A Pagfast EFX está envolvida em investigações sobre transações suspeitas que ocorreram fora do contrato oficial com o Corinthians, apontando para um possível esquema de desvio de fundos e lavagem de dinheiro”

(Trecho de requerimento do Senador Izalci Lucas à CPI das BETS)


Ontem, o Blog do Paulinho publicou que cartolas do Corinthians, em resposta a requerimento policial que investiga o ‘Caso Vai de Bet’, se fizeram de incompetentes para não passarem por corruptos.

O texto completo pode ser conferido no link abaixo:

Cartolas do Corinthians admitem incompetência para não serem apanhados como corruptos

Em meio às explicações, os dirigentes se viram obrigados a revelar o nome de duas intermediárias que, apesar de não constarem em contrato, repassaram R$ 56 milhões ao clube em nome da Vai de Bet.

A primeira delas, a Otsafe Intermediação de Negócios, trabalha com criptomoedas.

Abaixo, o site da empresa, sediada no Paraná, embora o Timão esteja em São Paulo e o site de apostas na Paraíba.:

http://otsafe.com.br

O Corinthians, diariamente (conforme confessado), em vez de ser pago em moeda corrente, conforme determinado no acordo, recebeu os valores em Bitcoin, o que, em tese, facilitaria operações de lavagem de dinheiro.

É complicada também a outra intermediária.

A Pagfast é investigada, em Pernambuco, justamente por lavar dinheiro não apenas da Vai de Bet, mas também da Esportes da Sorte, ambas patrocinadoras recentes do Corinthians.

Parte das operações eram realizadas em moedas virtuais.

O inverossímil, para não dizer incriminador, depoimento dos cartolas do Corinthians à polícia paulista, aliado ao histórico destas empresas, chamou a atenção da recém criada CPI das Bets.

Tivemos avesso a requerimento do Senador Izalci Lucas (PL-DF), a ser votado na próxima reunião, convocando a Pagfast para esclarecer a operação conjunta com a Otsafe de pagamentos através de bitcoins ao Corinthians:


Destacamos:

“A Pagfast EFX está envolvida em investigações sobre transações suspeitas que ocorreram fora do contrato oficial com o Corinthians, apontando para um possível esquema de desvio de fundos e lavagem de dinheiro”

“De acordo com as investigações, a empresa teria intermediado pagamentos significativos que não seguiram os canais oficialmente estabelecidos, facilitando o desvio de aproximadamente R$ 56 milhões”

“Esse esquema teria utilizado intermediárias não autorizadas e envolvido a emissão de múltiplos números de CNPJ, o que complica o rastreamento das transações e levanta suspeitas de atividades fraudulentas”

“O uso de diferentes CNPJs e intermediárias sugere uma tentativa de camuflar a origem e o destino dos recursos, uma prática típica de esquemas de lavagem de dinheiro, onde fundos são movimentados através de várias entidades para dificultar a detecção de irregularidades”

“A situação coloca a Pagfast EFX no centro das atenções, reforçando a importância de regulamentações mais robustas e controles de compliance rigorosos para monitorar as operações financeiras no setor de apostas e prevenir atividades ilícitas. Este caso ilustra as vulnerabilidades no setor financeiro e de apostas e destaca a necessidade de uma fiscalização mais assertiva para proteger contra fraudes e garantir a integridade das transações no mercado brasileiro”


Enquanto o Corinthians frequenta os gabinetes da polícia de São Paulo, do GAECO e, agora, o plenário da CPI das BETS, o Conselho Deliberativo do clube, composto por reservas morais autoproclamadas, segue na fila de ingressos, dinheiro e pulseirinhas de camarotes, apesar de existirem pedidos de impeachment do presidente, há tempos, mofando na gaveta de Romeu Tuma Junior.

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