Vítima de Andres Sanches fugiu para o Canadá e sobrevive fazendo faxina

Anos atrás, o Blog do Paulinho revelou que o ex-presidente do Corinthians, Andres Sanches, sob ameaça de demiti-las, teria obrigado duas funcionárias da ‘Orion Embalagens’ a assinarem o contrato social como proprietárias da empresa.

Ato contínuo, recebeu delas procuração com plenos poderes.

Deste documento surgiram golpes na praça, em instituições bancárias e também no Fisco.

Após investigação judicial, a Receita Federal, em parecer arrasador, tratou Sanches como bandido e foi decisiva para que o cartola fosse inserido, efetivamente, como proprietário da Orion.

As funcionárias eram meras ‘laranjas’.

Recentemente, após diversos recursos, Andres precisou, para evitar a possibilidade de prisão, parcelar R$ 21 milhões em calotes de impostos:

Para escapar da prisão, Andres Sanches parcela R$ 21 milhões em impostos sonegados de empresa ‘laranja’

Suas vítimas tentam, há alguns anos, ressarcimento pela condição em que foram colocadas; uma delas perdeu o único bem que possuía, um imóvel popular, tomado pelos fornecedores.

A Justiça, porém, as tem tratado como cúmplices; o caso ainda segue pendente de julgamento de recursos.

Sentindo-se ameaçada por Andres Sanches e seus familiares, Eliane Cunha, uma das ex-funcionárias, fugiu para o Canadá e sobrevive como faxineira.

Confira abaixo mensagem enviada por ela ao Sr. Rolando Wohlers, popular Ciborg, associado do Corinthians:

“Enquanto ele faz essas coisas e aparece de cara limpar na TV, eu e minha irmã temos medo de aparecer, pra ver se ele esquece da gente”

“Eu estou morando no Canadá, fazendo faxina”

“Não tenho coragem de procurar emprego no Brasil porque fui tão enganada que não confio em ninguém”

“Minha irmã, coitada, trabalhou a vida inteira, duramente, e não pode comprar um apartamento, mesmo já estando aposentada, porque tem medo de tomarem dela”

“Este mau caráter aí, vivendo como se não houvesse amanhã”

“Eu nunca vou fazer nada contra eles, legalmente, porque tenho medo de represálias”

“Já basta o processo que abri apenas para tirar meu nome disso… ainda tenho que ouvir que não temos direito a danos morais porque a gente tinha discernimento sobre o que assinava… isso é demais pra mim, porque eu só confiei e fui enganada”

“A história que me contaram sobre esses papéis eram outras, mas enfim, só quero paz”

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