Denise Boni de Mattos e Antonio Carlos Castanheira

Assim que assumiu a Portuguesa, o presidente Antonio Castanheira prometeu uma revolução administrativa, além do fim da roubalheira que, há décadas, mudou a vida de muitos cartolas, e também do clube, que desceu do patamar de grande do futebol brasileiro para coadjuvante da quarta divisão – quando conseguia disputá-la.

Em vez de honrar a palavra, o cartola depositou dinheiro da agremiação, indevidamente, na conta de sua vice-presidente, e permitiu que o departamento de futebol fosse jogado nas mãos de agente de jogadores, com a consequência do quase certo rebaixamento no Campeonato Paulista.

De quebra, a dívida foi ampliada e o estádio segue ameaçado por leilões.

Diante desse desastre, Castanheira, que não perdia a oportunidade, quando do surpreendente acesso à divisão principal do Paulista, de figurar em qualquer espaço de rádio, tv e internet, desapareceu.

Neste final de semana, após o empate contra o São Bento, no Canindé, os jornalistas foram impedidos de participar, presencialmente, da entrevista coletiva, com pedidos da assessoria de comunicação para que as perguntas fossem enviadas somente por escrito.

Não parece, realmente, haver solução, dentro do conselho da Portuguesa, submisso a sobrenomes que, há tempos, assaltam o clube, para a fuga de outro abismo.

Ninguém quer assumir a Lusa e ter que se submeter aos desejos dessa gente.

Melhor seria, diante de tamanho caos, transformar a Portuguesa em SAF e doá-la a seus credores, que definiriam um administrador independente para tentar salvar a agremiação.

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