O treinador Tite vetou a contratação de psicólogos nas duas Copas do Mundo em que comandou a Seleção Brasileira.

Evidentemente, por ignorância.

Será que durante os seis anos em que treinou a equipe, em havendo, a cada convocação, análise sobre o perfil dos jogadores, o comportamento de Daniel Alves não seria diagnosticado?

Não dá para descartar o ‘sim’.

Em sabendo desse tipo de informação, Tite se encorajaria a bancá-lo, diante de forte oposição, como houve, de analistas e da opinião pública, ao Qatar?

Nunca saberemos.

O que se sabe é que o lateral da Seleção, menos de um mês após a disputa, segundo acusações, estaria estuprando uma garota numa boate de Barcelona.

Observando as convocações de 2018 e 2022, há margem para outras observações.

Ficaremos com a mais óbvia, que é sobre Neymar.

Será que o jogador não poderia, ao ser tratado por profissional qualificado, se descolar de vícios esportivos, e também pessoais, que contribuíram para as frustrações entre o que se esperava que apresentasse e o que, efetivamente, entregou?

Há tempos se sabe que o futebol, e qualquer outra prática que exija trabalho sob pressão, necessita de preparação muito além da física.

O psicológico é o alicerce do talento.

Sem a mente sã, o corpo terá dificuldades em atingir o ápice de suas possibilidades.

Com gente inapta ao convívio social, como parece ser o caso de Daniel Alves, na condição, imposta por Tite, de referência aos mais jovens, abre-se margem para diversos desvios que tendem a impactar no resultado final das relações coletivas.

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