‘Erro’ de Duílio é muito maior do que o atraso na demissão de Sylvinho

Duílio ‘do Bingo’ Monteiro Alves, com a cara de pau que o caracteriza enquanto dirigente, disse, em coletiva após a derrota do Corinthians para o São Paulo pelas semifinais do Paulistinha, que seu ‘erro’ foi ter demorado para demitir o treinador Sylvinho.

Não é verdade.

Existem outros equívocos mais graves.

Para ficar somente na parte técnica do futebol, sem levar em consideração o aroma desconfortável dos bastidores, o primeiro erro se deu na contratação de Sylvinho sem que possuísse currículo que o habilitasse para tamanha responsabilidade.

Depois, o cartola seguiu errando com a não efetivação, a custo irrisório, do treinador interino, que, em duas passagens pelo cargo no alvinegro, nunca perdeu uma partida sequer, mantendo incrível percentual, em ambos os casos, de quase 90% de aproveitamento.

Fernando Lázaro conseguiu essa proeza com o mesmo elenco que fracassou nas mãos de Sylvinho e agora nas de Vitor Pereira.

Por fim, o mais grave dos erros, capaz de quebrar os caixas do futebol do Corinthians, é exatamente a escolha do treinador português, a exorbitante custo de quase R$ 2 milhões mensais.

Novamente, sem ater ao imundo extracampo, duas obviedades: Pereira não possui lastro para ganhar o que ganha e o elenco alvinegro, forrado de veteranos milionários, não se enquadra no sistema de jogo proposto para o clube.

A aparente falta de planejamento obrigará, se mantidos os conceitos conhecidos do treinador, à reformulação quase total de jogadores.

Ou seja, novas dívidas com contratos e comissionamentos.

Muita gente, agora falando um pouco do submundo, vai se dar bem com isso tudo.

Menos o Corinthians.

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