No último dia 30, a Hypera Pharma, que utiliza o estádio do Corinthians para expor suas marcas, contratou a empresa RSM Brasil para realizar a auditoria de suas contas.

É a mesma que trabalha na análise da contabilidade do clube.

Por sinal, a RSM também audita as contas do Arena Fundo, responsável pela administração do estádio, e da BRL Trust, que cuida do fundo.

Talvez seja a única que poderá desvendar o mistério dos ‘naming-rights’ de Itaquera.

O Corinthians diz que vendeu; a Hypera, em nota, que comprou.

Efetivamente, o acordo está vigente, conforme demonstra, explicitamente, a mudança de nome do palco alvinegro.

Porém, em lugar algum existe a comprovação do pagamento dos R$ 15 milhões anuais anunciados pelo negócio, ou alguém que afirme contato com a versão assinada de um suposto contrato.

A Hypera publicou em Edital de Convocação a contratação, por exemplo, da própria RSM, assim como a ata da reunião que decidiu pelo acordo.

Outros negócios, menores, medianos e maiores são tratados assim pela empresa.

Nada disso aconteceu com a suposta aquisição dos ‘naming-rights’.

Nas outras assistidas pela RSM a situação é a mesma.

As contabilidades de Corinthians, Arena Fundo e BRL não apresentam um centavo sequer desse negócio.

A CAIXA, que seria o destino final do dinheiro, segundo contrato assinado para viabilização do empréstimo do alvinegro junto ao BNDES para construção do estádio, não recebe aportes financeiros desse contrato há quase dois anos.

Trata-se de um mistério que poderia ser esclarecido com a simples exposição do contrato de ‘naming-rights’ com assinatura das partes e recibo bancário de transferência de valores.

Com relação à RSM, provavelmente a única que terá acesso a essa documentação ou saberá de seus problemas, fica a dúvida: o fato de trabalhar, no mesmo período, para empresas que estão em lados divergentes de um mesmo negócio tratar-se-ia de conflito ou convergência de interesses?

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