Augusto Mello e Paulo Garcia

Na última sexta-feira (17), passou batido na imprensa, mas não nos bastidores alvinegros, o afago feito pelo presidente do Corinthians, Andres Sanches, a dois candidatos que se vendem como opositores à sua gestão: Paulo Garcia e Augusto Mello; assim como os ataques frontais ao grupo ‘Corinthians Grande’, que apoia o delegado Mario Gobbi.

Em verdade, mais do que isso.

Sanches deixou clara a possibilidade de apoiar, na disputa eleitoral alvinegra, os candidatos elogiados:

“O Paulo (Garcia) é meu amigo, tenho um grande prazer em ser amigo dele, sempre procurou ajudar o Corinthians… se eu tivesse que apoiar ele não teria vergonha nenhuma… se eu tivesse que apoiar o ‘Tio’ Augusto (Mello) não teria vergonha nenhuma… porque são pessoas que gostam do clube… gostam de futebol… frequentam o clube, desde garoto (sic)”

“É isso que vale para o corinthiano, isso que vale pra nós Corinthians… pra nós corinthianos, queremos isso… e com muita honra de ser da Zona Leste”

“Se o Duílio quer ser candidato é problema dele, é maior de idade”

“Ele está esperando, como eu estou esperando, como todo mundo está esperando, o grupo (Renovação e Transparência) decidir… se vai lançar candidato, se vai apoiar o Paulo, se vai apoiar o Augusto… porque o ‘Menino Prodígio’, o ‘Abóbora’, o ‘Tio Patinhas’ não dá para apoiar… agora o resto a gente tenta apoiar, não tem problema nenhum”

Passadas 48 horas das declarações, surpreende o silêncio de Augusto Mello, já que de Paulo Garcia, principal apoiador financeiro da campanha de Andres ao parlamento e co-gestor das recentes administrações alvinegras, o ‘carinho’ é recíproco.

Diante do discurso oposicionista, se faz necessário claro repúdio à possibilidade de composição, sob suspeita de que a aproximação seria bem-vinda.

Vale lembrar que Augusto foi diretor das categorias de base na gestão Roberto de Andrade, apoiada por Andres.

Durante todo o dia de ontem, o Blog do Paulinho recebeu manifestações de eleitores descontentes com a passividade dos candidatos diante da indicação de possível apoio de Sanches.

Politicamente, quem se deu bem foi Mario Gobbi, que, apesar de estar ligado a todo o caos administrativo alvinegro ao longo dos anos, viu seus principais cabos eleitorais achincalhados pelo presidente, o que, ainda que indevidamente, garante-lhes a fama de ‘oposição’ aos atuais gestores do Corinthians.

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