Em março de 2016, o Corinthians acertou a contratação do atacante Lucca, oriundo do Criciúma, após curto período de empréstimo.

O agente do atleta é Fernando Garcia, irmão de Paulo Garcia, dono da Kalunga, candidato a presidente alvinegro.

A ‘pizza’ ficou assim definida:

  • Corinthians pagou R$ 4,5 milhões para ficar com 60% dos direitos
  • Fernando Garcia recebeu 20% de comissão (R$ 900 mil);
  • Criciúma manteve 15% e o Cruzeiro 25% (clube original do jogador)

Desde então, a média salarial do atacante era de R$ 250 mil mensais, que, em conta rápida, aproximaria a despesa do Timão, ao longo desses anos todos, dos R$ 12 milhões.

É o valor que o Corinthians pagou para, durante quase todo o tempo de contrato, Lucca atuar, por empréstimo, noutras agremiações: Ponte Preta, Bahia, Internacional/RS, Al Rayyan e Al Khor.

Esperava-se, ao menos, que ao final do vínculo parte dos valores fosse recuperado.

Em 2020, o Corinthians aceitou emprestar Lucca ao milionário Al Khor, do Catar, sem cobrar um real sequer de reparação, mas com os salários, finalmente, pagos pelo tomador.

A explicação, à época, era a de que os árabes comprariam o jogador e deixariam 20% com o Timão, que lucraria em possível pós-venda.

Nada disso aconteceu.

Na última semana, em acordo firmado com Fernando Garcia, o Corinthians, que entre aquisição e salários gastou quase R$ 20 milhões, aceitou romper contrato com Lucca e cedê-lo, definitivamente, ao Al Khor, sem nada receber, muito menos permanecer com os tais 20% do negócio.

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