Osmar Basílio

“(…) ele é muito desonesto, não é pouco não, ele é muito desonesto…”


Durante a semana, foi inaugurado, na Arena de Itaquera, um campus da Universidade Drummond, de propriedade do educador Osmar Basílio, que, de maneira anti-ética, fechou o negócio durante o período em que ocupava a presidência do Conselho Fiscal do Corinthians, órgão responsável por avaliar a conduta da gestão Andres Sanches.

Trata-se de mais um capítulo entre diversas imoralidades políticas protagonizadas pela dupla.

Basílio revelou, em audiência num processo que perdeu para o Blog do Paulinho, que sua meta é chegar à presidência alvinegra.

Nos últimos anos, tem se esforçado para isso.

Além de proteger Andres Sanches no Conselho Fiscal, Basílio o fez também no CORI, que também presidiu.

Mas a empatia com Sanches parece ultrapassar os muros do Parque São Jorge, revelando-se, também, nos hábitos e costumes particulares.

O Blog do Paulinho conversou com o Sr. José de Sá Gonçalves, dono do Colégio Califórnia, no Tatuapé, que conhece Basílio, de quem foi sócio no Drummond, como poucos.

Trata-se de um relato impressionante que, se comprovado, sugere grande risco à vida política do Corinthians.

Destacamos os principais trechos:

“O Osmar (Basílio), entre amizade e sociedade, foram 25 anos”

“Ele era um cara aparentemente honesto, a gente era amigo… só que ele começou a me roubar… nós eramos sócios 50% a 50% (no Colégio Drummond) … ninguém era majoritário”

“(…) a partir de 1988, ele começou a desviar material do Drummond para o João XXIII, do qual eu não era sócio… sempre falando que iria devolver, pagar… mas nunca devolveram”

“Como ele é reserva do exército, ‘CPOR’, pra conversar comigo, sentava numa mesa, abria a mala dele e caia um revolver… isso aconteceu umas duas ou três vezes”

“(Nos anos 70), eu, ele e mais um colega engenheiro fundamos o Colégio Califórnia… depois esse colega engenheiro, após um ano e meio ou dois anos, teve que sair, porque mudou de cidade… ele (Osmar Basílio) não queria pagar a parte do cara: “Pagar nada, ele quer sair, tem que se danar.. ele que perca”… eu fui pra casa pensando “um dia acho que isso vai acontecer comigo”… e não é que aconteceu, em 1990?”

“(quando quis sair do DRUMMOND) eu falei: “Eu não quero mais ser sócio seu… você não presta, você é sem vergonha… virou ladrão… então não quero mais conversa com você”

“(…) quando ele quer conseguir alguma coisa, ele usa tudo… se você Paulinho, estiver na frente dele e ele quiser alcançar a parede que está atrás, ele passa por cima de você”

“Ele, de colega e amigo, virou ladrão e hoje eu posso de garantir: o senhor Osmar Basílio é um bandido!”

“(…) virou um bandidão… ele se juntou com o (Andres) Sanches, do Corinthians… e virou um bandido”

“Ele está usando o Corinthians…. está usando o Ginásio do Corinthians para solenidades do Drummond… está usando o estacionamento… da Prefeitura… cedido ao Corinthians para o Drummond… “

“Dizem as más linguas, não sei se é verdade ou não, que ele chegou até a ser preso, no Paraná, pela Polícia Federal, por lavagem de dinheiro”

“Hoje ele está podre de rico… ele vende diploma… vende diploma adoidado… diploma de curso superior”

“Ele é muito bom na parte política… negócio de bater nas costas, de falar com político, falar com supervisor de ensino… de ‘proprinar’… ele usa todos os meios, lícitos e ilícitos, pra conseguir o que ele quer”

“E ele é um perigo, na verdade… ele é perigoso… muito perigoso…”

“Se ele chegar a vice-presidente ou presidente (do Corinthians) vai ser uma tristeza… ele é muito desonesto, não é pouco não, ele é muito desonesto…”

Apesar do que já se sabe sobre Andres Sanches e o que supunha-se de Osmar Basílio, ambos, revezando-se em cargos poderosos no Corinthians, sempre foram tratados, por alguns, como pessoas honradas no Parque São Jorge.


Clique abaixo para escutar o áudio da conversa:

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