O Fantástico, da Rede Globo, exibiu matéria detalhando os golpes da Universidade Brasil, que haviam sido denunciados, em 2016, pelo Blog do Paulinho.

https://globoplay.globo.com/v/7906920/

Semana passada, os proprietários do ‘esquema’ e seus cúmplices foram presos pela Polícia Federal, acusados de crimes diversos, entre os quais venda de vagas para cursos de medicina e até de financiamentos no FIES.

Ainda assim, apesar de, no mínimo, há três anos, as falcatruas terem sido reveladas, Corinthians, Flamengo, Atlético/MG e CBF insistiram em assinar acordo com os golpistas, cientes de que, além de associar as respectivas marcas a uma empresa bandida, seriam cúmplices na formação de médicos que poderiam, após formados, colocar em risco a vida de milhares de pessoas.

Os donos da Universidade, segundo demonstrou o Fantástico, acumulavam patrimônio bilionário enquanto sucateavam a própria instituição de ensino, com unidades que, por vezes, sequer possuíam recursos básicos, como, em exemplo, papéis higiênicos nos banheiros.

Obviamente, o patrocínio nas camisas dos clubes seria parte de um esquema para atrair mais vítimas e também lavar dinheiro.

A falta de vergonha dos cartolas é tão grande que, mesmo com os corruptos presos pela Polícia Federal durante a semana (argumento que, por si, serviria para rompimento de contrato com direito a cobrança de multa), seguiram expondo, na mais recente rodada do Brasileirão, o logo da Universidade Brasil no uniforme de seus clubes.

Até quando Corinthians, Flamengo e Galo acharão interessante fazer propaganda de uma organização criminosa, gratuitamente ?

Parece óbvio que, presos e com os bens bloqueados, os marginais priorizarão gastos mais urgentes do que pagar mensalidades de um patrocínio para uma marca que, queimada no mercado, nunca mais poderá ser utilizada.

No âmbito interno dos clubes, diante da exposição dos métodos da Universidade Brasil, cabe investigação sobre as motivações dos cartolas para fechar negócio com notórios golpistas.

O Blog do Paulinho sabe que, no Corinthians, existiu o pagamento de 20% de comissão, restando definir, exatamente, os recebedores finais.

Participaram do acordo o presidente Andres Sanches e o ex-primeiro ministro Luis Paulo Rosenberg, mas Roberto Andrade, ex-presidente, assinou o contrato, que teve aval formal do departamento jurídico e também, informal, do atual presidente do Conselho Fiscal, Osmar Basílio.

Nas demais agremiações, a ‘turma do BNDES’ foi a responsável pelo atentado à marca rubronegra, assim como o pessoal do ‘BMG’, no Galo e Marco Polo Del Nero, na CBF, que somente se livrou do problema porque a Universidade deu calote na Casa Bandida, pouco antes da Copa de 2018.

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