Dentre os diversos grupos ligados ao Corinthians, que manifestaram-se contrários ao retorno do ex-presidente Alberto Dualib (99) ao convívio social alvinegro, estão os venais “Gaviões da Fiel”.

Em nota, trataram o “perdão” ao ex-presidente como “vexatório”.

Nos últimos doze anos, membros dos Gaviões, ligados ao Movimento “Fora Dualib”, ocuparam cargos na gestão Andres Sanches, acusada, entre dezenas de imoralidades, como recebedora de propinas para superfaturar o estádio de Itaquera.

Seus cartolas, principalmente o presidente, enriqueceram na mesma proporção em que geravam graves prejuízos ao alvinegro.

Oriundo dos Gaviões, o diretor Eduardo “Gaguinho” Ferreira foi dos que mais se lambuzaram.

A “organizada”, rígida, até de maneira justa, com Dualib, possui “hímen complacente” ao relacionar-se e referir-se a Andres Sanches, talvez por conta das benesses, diversas, alcançadas em troca de silêncio e subserviência.

Ontem, em exemplo, os Gaviões, bancados pelo clube (apesar dos falsos desmentidos das partes) viajaram à Venezuela, com direito a estadia em hotel dos jogadores, sem questionar o exorbitante valor de R$ 1,3 milhão pago pelo voo fretado.

Noutras oportunidades aceitaram “agrados” semelhantes, sem contar o desvio de arrecadações inteiras do Timão, disfarçadas como “doações” para o Carnaval.

Seria Dualib, se estivesse concedendo “mimos” semelhantes aos Gaviões, considerado “vexatório” pelos “organizados” ?

A promiscuidade explícita dos que se apresentam como torcedores do Corinthians com os dirigentes que enfiaram a agremiação em dívidas impagáveis e também nas planilhas de delatores da Odebrecht é indicativo não apenas da resposta, mas do que, realmente, deve ser tratado como “vexame” no submundo do Parque São Jorge.

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