Recente vazamento dos termos contratuais da transação entre Santos e Inter de Milão com relação à venda dos direitos de Gabigol revelou não apenas os valores pagos e recebidos por clubes e demais proprietários, mas também estranho percentual de comissionamento.

Segundo o documento, a equipe italiana pagou 29,5 milhões de Euros pelo atleta, sendo que destes 40% cabiam ao Peixe.

Em regra, a comissão sobre este tipo de negócio é de 10%, quando não menos, por conta do expressivo valor relatado.

No caso de Gabigol, o Santos acertou pagar 13%, 4 milhões de Euros, que aproximam-se dos R$ 14 milhões.

O agente do negócio é Giuliano Bertolucci, que o MPF sempre tratou como preposto do iraniano Kia Joorabchian, não por acaso homem forte dos negócios da Internazionale.

Em regra, no submundo do futebol, cartolas envolvidos em imoralidades recebem seus pagamentos indevidos, quase sempre oriundos de transações de atletas, após estes adentrarem às contas dos intermediários, evitando assim rastros constrangedores.

É licito, portanto, supor que os 3% a mais do que o habitual possam ter destino diferente do previsto nas planilhas de pagamentos do Santos Futebol Clube.

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