Por razões óbvias, entre as quais conforto e localização, seria ilógico cobrar no estádio do Morumbi os mesmos valores de ingressos praticados em arenas mais modernas, como as que são utilizadas por Corinthians e Palmeiras.

Mas o que o São Paulo vem fazendo, segundo a FOLHA de hoje, cobrando menos da metade de seus adversários, é desvalorizar o patrimônio, gerando consequências financeiras e esportivas.

“Ah! mas o time está na zona de rebaixamento”, dizem alguns.

A desculpa, diante da grandeza do Tricolor e do amor de seu torcedor não se sustenta quando verificamos que, em situação semelhante, ou até pior (na segunda divisão), equipes grandes do país, quando não mantiveram os valores cobrados, acresceram.

É evidente que alguns lugares precisam ser cobrados a preços populares, para a democratização da torcida (todos, em qualquer faixa etária, precisam ser prestigiados), mas o clube precisa pensar que as contas avolumam-se e o resultado esportivo futuro dependerá, em boa parte, de quanto dinheiro o São Paulo terá para se reforçar.

De nada adianta estádio lotado, a preço de banana, se o time de futebol não ajudar.

Haja vista o que ocorre no momento: o São Paulo tem a terceira melhor média de público de sua história neste Brasileiro, superando inclusive a de equipes campeãs, mas ocupa a penúltima colocação do campeonato.

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