basquete brasil

O basquete do Brasil, tanto no masculino quanto no feminino (que perdeu todas as partidas disputadas), protagonizou o momento mais vexatório do país nos Jogos Olímpicos.

Não que se esperasse grande coisa – em regra, a derrota é mais presente do que a vitória – mas as duas eliminações, ainda na primeira fase, são inconcebíveis para quem, outrora, já esteve no topo das principais disputas.

Os problemas, óbvios, são absolutamente conhecidos, como falta de organização e transparência nas federações, mas a grande mudança precisa acontecer no método de convocação dos atletas, priorizando os melhores, não os mais afamados.

Os treinadores possuem méritos (principalmente o argentino do masculino), sabem treinar bem suas equipes, mas estão amarrados na obrigatoriedade de chamar para o grupo jogadores midiáticos, que entram em quadra procurando o melhor ângulo de câmeras, pouco se importando, nem se esforçando, pelo resultado final.

Os “NBAs”, apesar da fama, não merecem vestir a camisa que já foi utilizada por campões mundiais e pela geração do Pan de 1987, que, na vitória ou derrota eram reconhecidos não apenas pela técnica, mas, principalmente, pelo esforço.

Assim com o basquete feminino precisa se livrar, urgentemente de “Izianes” e assemelhadas, investindo mais em novas promessas, tolhidas pela fama de quem não está nem um pouco a fim de se desdobrar pela Seleção.

A Confederação e as Federações, de fato, intransparentes que são, mais atrapalham do que ajudam, mas o grande problema do basquete nacional são os atletas.

Os poucos que são talentosos, não demonstram controle emocional em momentos decisivos, talvez até pelo fato de serem obrigados a dividir a quadra com os que “chupinham” o suor dos que correm para tentar honrar a camisa amarela.

Tomara o vexame dos Jogos Olímpicos sirva para acordar os gestores e treinadores de um esporte que, anos atrás, era o segundo no coração dos brasileiros, que agora sequer se importaram com a precoce eliminação.

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