dilma nuzman

Não deve ser levado a sério o discurso do Governo brasileiro de inexistência do risco de ataques terroristas nas Olimpíadas que serão disputadas no Rio de Janeiro, em 2016.

Há, e não é pequeno.

Percebe-se, pelos últimos acontecimentos, que o Estado Islâmico tem escolhido eventos esportivos para espetacularizar, dar ainda mais visibilidade, a seus atos odiosos.

É obvio que um evento da magnitude olímpica (que o diga Montreal, 1976), com a presença dos principais chefes de Estado, além dos atletas mais importantes do mundo, “segurados” por uma polícia e demais forças armadas brasileiras, digamos, inexperientes ao combate de tamanha loucura, será o grande objetivo de uma facção (e seus seguidores) que não poupa esforços, nem vidas, no intuito de impor seus ideais.

Dilma Rousseff tem a obrigação, como Chefe de Estado, de garantir a segurança e a realização das Olimpíadas no Brasil, mas não pode, nem por um instante, enganar seu próprio povo com relação aos riscos da grande festa.

O público tem o direito de saber a verdade, e, a partir dela, tomar, cada qual, sua decisão.

Falar em cancelamento dos Jogos trata-se, também, de grande equívoco, que serviria apenas para dar a um bando de fanáticos a importância e o poder que, apesar dos estragos recentes, jamais possuirão.

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