fiori

FUTEBOL: POLÍTICA, ARBITRAGEM E VERDADE

Fiori é ex-árbitro da Federação Paulista de Futebol, investigador de Polícia e autor do Livro “A República do Apito” onde relata a verdade sobre os bastidores do futebol paulista e nacional.

http://www.navegareditora.com.brEmail:caminhodasideias@superig.com.br

É melhor levar uma surra da sinceridade do que um abraço da falsidade.

Bianca Jantin

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Paulistão 2015 Série A1

11ª Rodada – Sábado 21/03

Santos 1 x 0 Grêmio Osasco Audax Esporte Clube

Árbitro: José Cláudio Rocha Filho

Itens técnico/disciplinar

Aceitável

Domingo 22/03

Capivariano FC 2 x 3 Corinthians

Árbitro: Guilherme Ceretta de Lima

Item Técnico/Disciplinar

Douglas, goleiro da equipe da casa, cometeu falta no instante que saiu da grande área e tocou a mão na bola; corretamente expulso

12ª Rodada – Quarta Feira 25/03

Palmeiras 3 x 0 São Paulo

Árbitro: Vinicius Furlan

Árbitro Assistente 01: Alex Ang Ribeiro

Árbitro Assistente 02: João Edilson de Andrade

Quarto Árbitro: Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza

Item Técnico/Disciplinar

Erro Principal:

Após ter sofrido cotovelada do atacante palmeirense DUDU em lance ocorrido próximo do meio campo, sob os olhares do árbitro

– reserva, o defensor são-paulino Toloi, sabedor que o árbitro principal, estava ao seu lado, foi atrás do palmeirense, revidando com

– chute rasteiro que derrubou o oponente, neste lance; sou convicto, que Vinicius Furlan viu, mesmo assim, deu seqüência ao jogo;

– por sorte, o árbitro reserva avisou e, de imediato, jogo paralisado, falta sinalizada e Toloi justamente expulso, no entanto, não

– entendi o pretexto do árbitro reserva não ter comunicado sobre a cotovelada desferida por Dudu; se o fez, o árbitro Vinicius Furlan

– errou e feio; se não o fez, a responsabilidade da não expulsão do palmeirense, deve debitada ao árbitro reserva

Acertou

Expulso corretamente Michel Bastos defensor são paulino por violento carrinho na tentativa de atingir um dos oponentes

Quinta Feira – 26/03

Corinthians 5 x 3 Penapolense

Árbitro: Adriano de Assis Miranda

Árbitro Assistente 01: Marco Antonio de Andrade Motta Junior

Árbitro Assistente 02: Maria Eliza Correia Barbosa

Quarto Árbitro: Rafael Gomes Felix da Silva

Item Técnico/Disciplinar

Conforme imagem da TV, observei que Emerson Sheik, atacante corintiano estava pouco a frente do penúltimo defensor da equipe

– visitante no instante que recebeu e dominou a pelota para marcar o terceiro tento corintiano

Em Tempo

Lance dificílimo para o assistente 01: Marco A. de Andrade M. Junior, ao mesmo tempo, fácil, para criticas de quem tem a sua

– frente o dispositivo televisivo e outras técnicas

Política

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Chamando a crise pra dançar

Assim como fizera o vidente que preveniu o general Júlio César que os idos de março poderiam ser-lhe aziagos, não faltou quem aconselhasse mudança de atitude à presidente Dilma Rousseff para ela recuperar poder e prestígio antes de chegar um abril ainda pior. Segundo xeretas palacianos, seu inspirador, pai político e profeta de plantão Luiz Inácio Lula da Silva o fez aos berros. Ex-aliados, amigos de ocasião e adversários de sempre insistem na tese, mas ela faz “ouvidos de Mercadante”, no exato trocadilho do professor Cláudio Couto.

Dois membros recentes de seu novo primeiro escalão preferiram pular fora do bote furado antes que este fizesse água em plena seca. No documento “sigiloso” encaminhado a ela própria pelo secretário da Comunicação, Thomas Traumann, ficou patente a confissão do pior dos crimes para uma gestão que se jacta de servir a um real, embora debilitado, Estado Democrático de Direito: a mistureba rastaquera do que é de César com o que é de Deus, ou do diabo: o culto à personalidade, o interesse do partido e os cofres da Viúva. A confissão pode ter passado batida na leitura do documento pela destinatária, mas não dos pobres coitados da planície que bancam a farra, entre os quais o autor destas mal traçadas linhas. Ao contrário de Brutus, que César havia escolhido para sucessor, Traumann apunhalou-a à distância, sem dar à chefona sequer a oportunosa ensancha de parodiar Suetônio: “Até tu, Thomas?”. Foi para o exterior, à espera de ter a traição premiada com o doce abacaxi da assessoria de comunicação da Petrobrás arrombada.

Cid Gomes estrelou “Os 300 de Sobral” em palco de circo mambembe, mas não conta mais com a mão amiga dela. Chutou o balde da coalizão governista e enfiou a peixeira no presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mas fez sangrar a “presidenta” no lado oposto da Praça dos Três Poderes. Constatando a lorota da “Pátria Educadora”, preferiu bancar o Jânio Collor em 2018, esquecendo o malogro do mano Ciro em idêntica intentona.

Não se sabe ao certo se foi Cid que preferiu desertar do exército dos que combatem à sombra dos escudos inimigos ou se foi a “generala” que o defenestrou. Mas não há dúvida alguma de que, como nunca antes aconteceu na história deste país, o distinto público, que paga os vencimentos de todos os personagens desta tragicomédia bufa, ficou sabendo da demissão pela boca do presidente da Câmara, até então tido como desafeto. Como no Flamengo x Vasco do Maracanã no domingo, o goleiro Oliva, filho e irmão de briosos generais, rolou a bola no campo molhado para o ex-amigo de Garotinho bater a gol (como Alecsandro, artilheiro rubro-negro) e correr para a galera, com guarda-chuva e galocha.

Terá sido por isso que esta semana começou com a notícia de que parte do conselho dopadim Lula de Caetés será aceita e o Freddie Mercury da dupla com Pepe Legal Vargas ficaria no emprego, mas não seria mais o articulador político? Ainda é duvidoso que a surdez aos apelos de aliados da coalizão possa confinar o ministro ao gabinete na função de subcarimbador de colegas. Não é pouco! Mas para quem se acha capaz de repetir a experiência de Richelieu no Paranoá não deve ser muito agradável perder o poder de dar as cartas na barganha. O eventual roque de Mercadante no xadrez do Planalto, contudo, é lana caprina em comparação com a tarefa árdua que a chefona do governo tem de amansar a massa.

Com 84% dos entrevistados do Datafolha dizendo que acham que ela sabia da roubalheira na Petrobrás, resultando em só 13% de quem avalia seu governo de bom a ótimo, Dilma não terá vida fácil. Vai ser difícil evitar que a maior concentração popular com a camisa da seleção (e depois dos 7 a 1 da Alemanha!) da história nos idos de março seja superada pela que se reunirá de novo nas ruas das cidades brasileiras em 12 de abril. O sangue de Traumann, Cid e Mercadante não saciará a sede da massa.

Sem ter o diagnóstico certo do mal que assola sua gestão, Dilma apelou para o receituário de sempre, aconselhada por algum “assessor para assuntos aleatórios”. Disseram-lhe que o povo não tem foco, como se a miopia tivesse ido à rua, e não ficado, como ficou, no palácio. Miguel Rossetto, o porta-voz de uma alocução só e o mais breve de todos os tempos e em qualquer governo, disse que só protestou quem não votou nela – uma absurda agressão sofrida pela aritmética dos antigos egípicios. Pois se 62% dos entrevistados acham seu governo ruim ou péssimo, não há como algum eleitor de Dilma – com 51,64% dos votos válidos no segundo turno, segundo o Tribunal Superior Eleitoral – não estar frustrado com madame.

Para tirar de foco o “Fora Dilma”, o governo tenta vender a ideia de que este foi um breve contra a corrupção, uma queixa genérica. E, aí, ressurgiu a velha lorota do pacote de leis anticorrupção, medida a que ela já tinha apelado na resposta às manifestações populares de junho de 2013, na campanha eleitoral e no discurso da vitória. Mas o advogado Modesto Carvalhosa escreveu, em artigo publicado neste espaço anteontem, que o pacote requenta iniciativas legais da ditadura militar (artigo 350 do Código Eleitoral, de 1965) e do extinto ex-inimigo número um e atual aliado preferencial Fernando Collor (a Lei da Improbidade Administrativa, de 1992, vigente). Um prato feito indigesto!

Para recuperar o fôlego perdido Dilma deveria trocar seus traques juninos por bombas de hidrogênio políticas. Implodir a coalizão de apoio, reduzindo o Ministério de 39 para 13, número de seu Partido dos Trabalhadores (PT), cuja estrela perdeu o fulgor, pode ser uma cartada para, pelo menos, embaralhar o jogo. Outra seria nomear logo um ministro acima de qualquer suspeita para completar o Supremo Tribunal Federal. Não se safará se só se livrar da dupla aloprada Freddie Mercury e Pepe Legal. Mas esta não será uma má ideia para tentar escapar – melhor do que chamar a crise pra dançar!

Autor: José Nêumanne – Jornalista, poeta e escritor

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Finalizando

“A corrupção na administração pública agora é organizada, quase partidarizada. Uma barbaridade inaceitável”.

Mario Covas

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Chega de Mentiras, de Corruptos e Corruptores

Se liga São Paulo,

Acorda Brasil

SP-28/03/2015

*Não serão liberados comentários na Coluna do Fiori devido a ataques gratuitos e pessoais de gente que se sente incomodada com as verdades colocadas pelo colunista, e sequer possuem coragem de se identificar, embora saibamos bem a quais grupos representam.

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