tite

Adenor Leonardo Bachi, o Tite, já era o melhor treinador da história do Corinthians quando, boicotado pelos atuais dirigentes alvinegros, não teve o contrato renovado para que Mano Menezes e sua trupe pudesse beneficiá-los e beneficiar-se do trabalho até então desenvolvido.

Sonhou, então, com a Seleção Brasileira e a possibilidade de consagração numa Copa do Mundo.

Por sorte, não foi chamado.

Neste período, em vez de lamentar, Tite foi à luta e, com enorme humildade e profissionalismo, bancou um ano de aprendizado na Europa, que, se levarmos em consideração o que deixou de ganhar em contratos oferecidos, mas recusados, ultrapassa R$ 6 milhões.

Enquanto isso, o Corinthians sucumbia nas mãos de um Mano Menezes tecnicamente limitado, protegido, ainda assim, pelos que dele precisavam para lucrar.

Após um 2014 de resultados ruins, o clube, em vésperas de eleições, não conseguiria mais bancar o “esquema” e precisou recorrer ao que sabia ser menos arriscado, mesmo que para isso os “Judas” de outrora tivessem que reconduzir o traído ao comando.

Tite voltou ao Corinthians, e surpreendeu.

Não apenas pela demonstração de honradez – não se mete em negócios fora de campo – ou reconhecida competência, mas pelo impressionante nível de evolução adquirido no ano sabático em que absorveu, e, principalmente, soube aplicar, novamente num elenco de evidentes limitações, um esquema de jogo absolutamente moderno, muito parecido com o que se vê na Europa, praticado pelo poderoso Real Madrid.

Hoje o Corinthians se defende com absoluta competência, mas, diferentemente do que ocorria com o antecessor, não se contenta com pouco, e, mesmo quando sai à frente no marcador, procura o ataque com enorme rapidez, volume de jogo e desejo incansável de fazer gols.

Não é exagero dizer que o Tite de hoje está muito mais preparado para assumir uma Seleção Brasileira do que antes da Copa, período em que, por sinal, já era muito melhor do que qualquer outro postulante à vaga.

É difícil saber se a excelência do treinador transformará seu magnífico trabalho em conquistas, até porque, internamente, sempre existem as batalhas contra maus dirigentes e empresários, mas, certamente, se tem alguém capaz de superar a incompetência dos bastidores do futebol brasileiro, seja no Corinthians ou na CBF, sem que boa parte dela interfira no que se vê nas quatro linhas, este é Adenor Leonardo Bachi, um mestre em seu ofício.

Facebook Comments