Raul Corrêa da Silva: o desmoralizado diretor financeiro do Corinthians
Criminoso financeiro, segundo o MPF, Raul Correa da Silva, Diretor Financeiro do Corinthians, indubitavelmente, foi quem mais saiu desmoralizado, após o indiciamento de quatro dirigentes do Corinthians por apropriação indébita de valores subtraídos de funcionários e servidores do clube.
Os outros, Roberto “da Nova” Andrade, Andres Sanches e André Negão estavam acostumados a ter os nomes ligados a imoralidades.
O caso deve comprometer, também, a vida de Corrêa fora do clube, principalmente no que diz respeito aos relatórios, que já eram suspeitos, publicados pela BDO/RCS, da qual é proprietário, que, mensalmente, tratavam o Corinthians como clube mais milionário de todos os tempos, contando com o auxílio da imprensa para difundir as inverdades, preguiçosa, cada vez mais, de checar a veracidade dos releases recebidos por email.
Raul e a BDO/RCS, além de mentir nas listagens, enganavam os conselheiros do Corinthians, falseando números do balanço, ocultando dívidas fiscais, transformando empréstimos e adiantamentos de recursos em receitas, entre outras barbaridades.
A mascara do “contador”, sempre arrogante ao explicar o inexplicável, foi retirada pele Ministério Público Federal, que tratou-o como co-autor dos crimes financeiros cometidos pelo Corinthians, responsável que é pelo departamento nas últimas duas gestões.
Para complicar ainda mais a vida de Corrêa no Parque São Jorge, a sua BDO/RCS, único local em que as contas do Corinthians são superavitárias, foi responsável por assinar as últimas duas auditorias da BRL TRUST, empresa que detém, oficialmente, a propriedade do “Fielzão”.
Ocorre que, no último final de semana, em meio aos protestos pela redução de ingressos, realizado na porta do grupo “Renovação e Transparência”, faixas exigiam que o balanço do estádio, que não consta nas contas alvinegras – apesar do clube ter penhorado até a biquinha de São Jorge para quitar as pendências – sejam exibidos a torcedores e conselheiros.
Nada mais justo, afinal, trata-se de uma movimentação financeira bilionária.
Desmoralizado por expor um clube devedor como milionário, publicando um relatório de sustentabilidade que faria inveja ao livro “As Aventuras do Barão de Munchausen”, e, em claro conflito de interesses, trabalhar, ao mesmo tempo, para dois sócios, Corinthians e BRL TRUST, resta saber se Raul, que é fundador de torcida “organizada”, a Camisa 12. terá peito e argumentos para justificar sua mentiras, omissões, e, segundo o MPF, crimes cometidos, que elevaram uma dívida de R$ 70 milhões “impagáveis”, segundo o próprio, da gestão Dualib, aos inacreditáveis “Bilhões” de reais atuais.

