A venda de Fernandinho do Shakhtar Donetsk para o Manchester City está dando o que falar na política do Atlético/PR.
O atual presidente do clube, Mario Celso Petraglia, acusa o antecessor, Marcos Malucelli, de ter realizado o negócio com os ucranianos.
Não é verdade.
O atual, Malucelli, diz ter provas de que Petraglia negociou o atleta, o que é verdade, mas em 2007, um equívoco.
Chegou a hora de esclarecermos o que de fato aconteceu.
Em 2005, Petraglia negociou três jogadores do Atlético/PR para o Shakhtar Donetsk, com a intermediação de Franck Henouda, que dispensa apresentações.
Jadson, por 5 milhões de Euros, Fernandinho, por 7,8 milhões de Euros e o zagueiro Ivan, sobre o qual não tivemos acesso aos valores.
Em todos os casos, 80% dos direitos ficaram com a equipe ucraniana, 20% com o Atlético/PR.
Pelo acordo, a equipe brasileira teria direito a 20% sobre todas as transações futuras envolvendo os referidos atletas, não apenas os 5% sobre os direitos de formação, como afirmam seus dirigentes.
Na sequencia, Jadson foi negociado com o São Paulo por 4 milhões de Euros e Fernandinho com o Manchester City, por 40 milhões de Euros.
O Atlético, portanto, teria direito a receber 8,8 milhões de Euros, sem contar os 2 milhões de Euros já calculados como clube formador.
Nada disso entrou nos cofres do clube, sob alegação e acusações mutuas de ambos os presidentes de que os tais 20% teriam sido negociados com os ucranianos, posteriormente.
Uma inverdade.
Pelo menos é o que afirma um antigo parceiro de Henouda, que contou o que sabia sobre o caso para o blog:
“Nós, eu e o Henouda, fizemos o negócio com o Petraglia, em 2005. Na época, o Carleto que foi diretor do clube e hoje está na TRAFFIC, também participou da transação…”
“O documento dos 20% ficou na posse do Henouda e do Petraglia, porém, estranhamente sumiu dos arquivos do Atlético/PR.”
“O Shahktar, tenho certeza, pagou os 20% para o Henouda, que deve ter dado a parte do Petraglia, não tem nada de ter vendido de volta para os ucranianos… isso não é verdade…”
Com relação às datas de transferência, os documentos a que tivemos acesso comprovam que os presidentes do Furacão, o ex e o atual, estão, no mínimo, equivocados, resta agora aos conselheiros atleticanos exigirem a apuração de toda a verdade.