Deputado Vicente Cândido (PT) dissimula, mente e distorce em texto publicado na FOLHA
O deputado Vicente Cândido (PT), sócio do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, além de ex-funcionário do mafioso russo Boris Berezovsky, recém suicidado, publicou, na FOLHA, lamentável defesa das ações da bancada da bola a favor da cartolagem.
Mentiu, dissimulou e distorceu.
“Reduzir o debate desse projeto apenas ao futebol, à divida dos clubes ou ainda ao enquadramento de todas as supostas beneficiárias do poder público no chamado artigo 18-A da Lei Pelé –que determina várias regras, entre elas a limitação de mandato nos clubes que supostamente recebem algum benefício estatal– é uma intervenção estatal descabida, que agride frontalmente a Constituição Federal.”
Ou seja, Cândido tenta introduzir na cabeça do leitor que limitar a perpetuação dos dirigentes de clubes e confederações seria, de alguma maneira, contra a legislação, o que, por razões óbvias, é uma mentira deslavada.
“Alguns órgãos da mídia e protagonistas do processo –apesar de terem o esporte no seu portfólio de negócios– fazem questão de não enxergar pontos importantes no Programa de Fortalecimento do Esporte Olímpico, como a criação do fundo para o esporte educacional, a alteração da Lei Pelé, que dará condições aos clubes de voltarem a ser formadores e limitará o papel dos empresários.”
O petista, em clara dissimulação, mesmo após prestar anos de serviços a empresários de futebol, entre os quais os ligados a MSI, aproveita-se de uma resolução da FIFA, que proíbe a atuação dos intermediários, para discursar a favor da limitação de algo que já está definido pela entidade máxima do futebol, sugerindo uma mudança de Lei que, verdadeiramente, já está em vigor.
Para não perder o costume ataca a imprensa, sempre vigilante ao cobrar os maus feitos não apenas do deputado, mas do grupo político que representa.
“Esses e outros pontos foram amplamente debatidos em diversas audiências públicas, dentro e fora da Câmara. Por isso, esse é um projeto concebido por muitas mãos.”
“Por último, vale um alerta: nós, políticos, já fizemos muita política com o esporte. Já passou da hora de fazermos um pouco de política para o esporte.”
Distorcendo a realidade, Cândido diz que o projeto – que tem por objetivo parcelar as dívidas de clubes sem exigir nenhuma contrapartida – foi concebido por várias mãos, mas esconde, de maneira conveniente, que todas ligadas ao submundo da cartolagem.
Os “malandros” abriram para o debate, mas impediram que os debatedores contrários a seus interesses pudessem ter qualquer ingerência na decisão final, que, por razões obvias, já eram cartas marcadas.
Declinaremos, por questões estomacais, de comentar a última frase do petista, mas tomaremos um “dramim” para homenageá-la.

