Em 2010, durante a gestão Andres Sanches, o Corinthians firmou parceria com o ex-jogador Palhinha, famoso por sua passagem no São Paulo, para enviar jogadores brasileiros a uma equipe americana a quem nomearam “Corinthians USA”.
O pretexto era o de expandir a marca do clube no mercado americano; a verdade consistia em ganhar dinheiro (para o empresários) em transações de atletas que sairiam sem custo do alvinegro – dispensados, mas seriam viabilizados no mercado local.
Nunca, em momento algum, o Corinthians foi remunerado pelas transações realizadas no período.
Em 2015, o Corinthians, na gestão Roberto Andrade, rompeu a parceria com o “Corinthians USA”, porém o clube já havia sido vitimado por um golpe: um dos proprietários do clube americano, o brasileiro Josias Baptista Montegan, em 21 de julho do mesmo ano, registrou, em nome do filho, a marca “Corinthians” na terra do Tio Sam.
Ou seja, o Corinthians não é dono de seu próprio nome nos Estados Unidos.
Embasado neste documento, o “Corinthians USA” não só seguiu jogando nos torneios locais, como aproximou-se novamente, sem alarde (extra-oficialmente), às costas dos conselheiros do Corinthians Paulista, de Roberto Andrade.
O preço da traição ao Timão ?
No dia 07 de março de 2016, o jogador Guilherme Andrade, 26 anos, que nunca havia atuado profissionalmente no Brasil, com passagem obscura pelas categorias de base do Barueri, foi contratado pela equipe americana.
Seu pai ?
O presidente do Corinthians, Roberto Andrade, que não se opôs ao negócio, mesmo ciente do golpe praticado contra o patrimônio alvinegro.
Coincidentemente, na mesma época, os filhos de Marcelinho Carioca – aliado de Andres Sanches no Parque São Jorge – os obscuros Matheus e Lucas Surcin, também assinaram contrato com o “Corinthians USA”.
O desempenho do time, porém, foi tão ruim (classificou-se em 94º lugar num campeonato de 96 equipes), sem contar os calotes nas taxas e multas cobradas pela National Premier Soccer League, que o clube foi expulso, esta semana, dos torneios organizados pela Federação, no caso do clube, a quarta-divisão americana.
Este vexame, além da fama de não cumprir compromissos, estão atrelados à marca “Corinthians”, que, mesmo não sendo de propriedade do original brasileiro, nos EUA, respingará, como ocorreu, recentemente, na derrota de 7 a 0 para o La Coruña da Espanha (outra obra de Roberto Andrade), em avaliações de mercado para negócios futuros do alvinegro.
