Wesley/Marcos, Wagner Ribeiro e Giuliano Bertolucci

Em 01 de outubro de 2004, o “caça-talentos” Claudio Roberto Moraes, que mantinha parceria com o agente Wagner Ribeiro, apresentou-lhe o jogador Ilsinho, que passou a figurar no “cast” do empresário.

Firmou-se, então, uma série de contratos de gaveta (não apresentados à CBF), datados de 2004 até 2009 (vínculos de representação não podem superar 24 meses).

Em meio a este período, em junho de 2006, Wagner Ribeiro colocou Ilsinho no São Paulo, pagando ao “descobridor” do atleta a quantia de R$ 10 mil.

Tratava-se de um ‘passa-moleque’.

O valor devido, de fato, era de R$ 74 mil (5% de luvas e salários recebidos pelo jogador – os outros 5% eram do agente).

Na sequencia, em agosto de 2007, Ilsinho foi negociado ao Shakhtar Donetsk por 10 milhões de Euros.

O “parceiro” de Ribeiro teria direito a 500 mil Euros (R$ 2 milhões), além de 5% dos salários até 2009.

Nada recebeu.

Wagner alegou ter participado da transação apenas como “amigo da família”.

O caso foi parar nos Tribunais e após vencer em primeira instância, Claudio Roberto de Moraes obteve êxito, também, no julgamento superior, comprovando todos os vínculos, inclusive os negados pelo empresário.

Wagner Ribeiro teria que pagar os R$ 74 mil devidos quando Ilsinho jogava no São Paulo, os R$ 2 milhões da transação ao Shakhtar Donetsk, R$ 750 mil de multa contratual, além de percentual sobre luvas e salários até 2009.

Todos os valores devidamente corrigidos até data da quitação.

Até o presente momento, não o fez.

Por conta do calote, a Justiça determinou que o Palmeiras informe se Ribeiro representa alguns de seus atletas, sejam profissionais ou não.

Em resposta positiva, todos serão penhorados.

O clube, apesar de citado, ainda não atendeu ao ofício.

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