Na última semana, a BRL Trust, gestora do ‘Arena Fundo’, publicou Informe Anual de receitas e despesas do estádio de Itaquera, utilizado desde 2014 pelo Corinthians.

Novamente, assim como ocorrido em 2020 e 2021, inexiste menção ao pagamento dos ‘naming-rights’ negociados pelo clube com a Hypera Pharma.

O item ‘Direitos de exploração do Estádio Arena’ foi avaliado em R$ 644.654.504,00.

Ou seja, este é o valor que o Corinthians precisa pagar para, efetivamente, declarar-se dono de 100% do estádio, não os R$ 200 milhões inventados em entrevistas concedidas pelo presidente Duílio ‘do Bingo’ Monteiro Alves, sem que seja confrontado pelos entrevistadores.

Pela gestão do Fundo a BRL recebeu quase R$ 1,3 milhão em 2021.

Novamente, a auditoria deste documento ficou a cargo da mesma empresa que assina o balanço do Corinthians, em evidente conflito de interesses e informações, levando-se em consideração que o Timão esconde calote de quase R$ 50 milhões (no repasse de lucratividade do estádio) que são cobrados pela contabilidade do Fundo.

Por fim, sem detalhamento mais profundo, no item ‘Resultado do Fundo no exercício findo’ (2021) são contabilizados:

“(…) foi apurado o lucro no montante de R$ 507.137,36, sendo as principais rubricas: Resultado com operações imobiliárias no valor de R$ 8.466.204,05; Outras Receitas no valor de R$ 201.192,88 e as demais despesas no valor de R$ 8.160.259,57”

Pouca gente no Corinthians, que é o dono das receitas e despesas do Arena Fundo, conseguirá explicar do que se trata.


Íntegra do Informe Anual do Arena Fundo, protocolado na CVM em abril de 2022, referente ao exercício 2021:

Informe Anual – arena Fundo – 2022 (sobre exercício 2021)

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