Na final do Campeonato Paulista de 1993, o árbitro José Aparecido de Oliveira assaltou o Corinthians, expulsando três de seus jogadores: Ronaldo (goleiro), Henrique e Ezequiel.

Por conta disso, o Palmeiras, com apenas Tonhão expulso e Edmundo com salvo conduto para quase quebrar a perna de Paulo Sergio, teve a vida facilitada para reverter a desvantagem do primeiro jogo, vencido pelo Timão por um a zero.

Dezesseis anos depois, quase dezessete, o Verdão, patrocinado pela Parmalat, saia de incômoda fila.

Aparecido, depois deste jogo, desacelerou sua vida na arbitragem, e, paralelamente, passou a andar de Ômega – o carro Top da época, além de pedir demissão da confortável gerência no Banespa.

Há quem tenha certeza de que foi subornado, mas, apesar dos indícios, ninguém comprovou.

No último final de semana, incógnito, José Aparecido esteve na Arena Palestra e assistiu a vitória do Palmeiras contra o Santos, pelo Paulistinha.

Pouca gente percebeu.

Foi notado, porém, pelo desembargador Miguel Marques e Silva, que é conselheiro do Corinthians e também estava no estádio alviverde.

Em rede social, o magistrado postou a foto e legendou:

“Esse senhor aí na frente, moreno, é o José Aparecido, ex-árbitro!”

Apenas para pontuar: a palavra ‘moreno’, utilizada nesse contexto, é considerada racista.

Informação que, por óbvio, deveria estar sob domínio cultural de um desembargador.

Voltando a Aparecido, sua presença no jogo do Palmeiras é comprovação de absolutamente nada, mas não deixa de ser curiosa e geradora de outras suposições.

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