Em 2019, após longo período de atraso, em que a falta de coragem aliada à subserviência a determinados interesses sobrepuseram-se às necessidades de uma categoria, a ABI (Associação Brasileira de Imprensa) retomou seu rumo com a eleição de uma diretoria comprometida com a democracia, o progresso e a renovação.

As promessas de campanha transformaram-se em ações efetivas, que restabeleceram a relevância do órgão diante da sociedade.

Em abril, novas eleições serão realizadas na ABI.

O atual grupo gestor definiu-se pelos nomes de Cristina Serra, como candidata à Presidência, e Helena Chagas, para vice.

Não poderia ser melhor.

Na condição de membro efetivo da ABI, votarei em Cristina pelo que ela é, ou seja, jornalista das melhores do país, mas, principalmente, na esperança do que, tudo indica, poderá vir a ser quando dirigente.

Em recentes entrevistas, a candidata explicitou modernidade, coragem e desejo de manter a Associação no protagonismo de agendas relevantes do país e, consequentemente, da profissão.

Não será nada fácil.

Cristina enfrentará, além das dificuldades externas conhecidas, o fogo ‘amigo’, por vezes mascarado, dos incapazes de reconhecer o progresso, seja porque sobreviviam do atraso ou, em alguns casos, pelo preconceito enraizado em cabeças pouco arejadas.

A possibilidade da ABI ser gerida por mulheres que, ao mesmo tempo, não possuem os vícios de administrações anteriores (tratadas, também em preconceito, como se tivessem furado a fila de autoproclamados ‘nomes da vez’), é um tapa na cara do reacionarismo que sequer tem coragem de se admitir – embora, explicitamente, manifestado.

Não tem mais volta.

A ABI mudou, melhorou e precisa seguir avançando.

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