O Corinthians ofereceu ao staff do jogador Willian, atualmente com 33 anos e na reserva do Arsenal, R$ 1,5 milhão mensal de salários.
Trata-se de grave afronta à atual condição financeira do clube.
Além disso, abre precedente para renovações futuras de contratos doutros atletas, que esbarram em suposto teto, já altíssimo, e algumas vezes ultrapassado, de R$ 700 mil.
A conversa mole é a de que o dinheiro surgirá de parcerias orquestradas pelo departamento de marketing.
O São Paulo conhece bem essa lorota.
Sob a mesma promessa, trouxe o lateral Daniel Alves, de currículo imensamente mais expressivo do que Willian, a quem deve mais de R$ 30 milhões por não ter conseguido empresas que se comprometessem a patrocinar a ideia.
No Corinthians, que tem como prática quitar a parte do jogador (CLT) em dia e dar calote nos direitos de imagem (recebidos pelos agentes que dividem com os cartolas), a óbvia judicialização sobrará para o próximo gestor, além dos consequentes bloqueios judiciais.
Vale lembrar: o empresário de Willian é Kia Joorabchian e um dos beneficiários da grana é o pai do atleta, Severino, intermediário extremamente ligado aos caciques alvinegros André Negão e Andres Sanches.
É nesse clima de doping financeiro, disfarçado de readequação, que o Timão decidiu, por razões políticas e comerciais, montar um time que não pode pagar, capaz até de ganhar algum título, mas também de afundar o clube num caos maior do que o já existente.