No final de semana, em meio à disputa entre Osvaldo Cruz e XV de Jaú, pela quarta-divisão de São Paulo, o médico responsável pela ambulância do estádio, Fernando de Souza Jacinto, sentiu-se incomodado com o aquecimento dos jogadores jauenses.
O motivo?
Estavam atrapalhando sua visão da partida.
Em relatório, o arbitro Antonio Carlos de Souza Junior, detalhou:
“Após o término da partida fomos informados pelo delegado, Ronnie Prescilio Simões que o médico da ambulância o Srº Fernando de Souza Jacinto, CRM 24564, ordenou aos jogadores substitutos da equipe do XV de Jaú que realizam aquecimento próximo a linha de fundo que se retirassem daquele local, com as seguintes palavras: “Vocês estão atrapalhando minha visão do jogo, poderiam sair da minha frente?”
“O preparador físico da equipe do XV de Jaú, Srº. Fabricio Alixis dos Santos Traczinski, Cref 7093 G/RS, o informou que seus atletas estavam aquecendo no local destinado, quando o mesmo proferiu as seguintes palavras: “Vocês são uns merdas, ajudantes de mercadinho, eu tenho dinheiro e não preciso estar trabalhando aqui, só vim pelo meu filho e porque gosto de futebol””
“O delegado da partida foi até ele e orientou que não poderia ter esse tipo de conduta, e pediu que mudasse de local, porém disse que ficaria ali mesmo e não sairia”
É desse tipo de gente que o Bolsonarismo se alimenta.
O médico, preconceituoso, é pediatra, o que, por óbvio, pelo fato de lidar com crianças, agrava ainda mais a situação.
Tomara seja, no mínimo, impedido de frequentar as praças esportivas.
Aos pais de seus clientes cabe repensar se vale a pena correr o risco de expor seus filhos aos cuidados de um sujeito, independentemente da qualificação profissional, de comportamento não mais tolerado pela sociedade civilizada.