A diretoria do Flamengo segue trabalhando para transformar um clube que, esportivamente, comanda o futebol brasileiro, paralelamente, num pária social, apoiador de governo genocida, traidor de parceiros, conivente com a morte de crianças e acolhedor de cartolas acusados por graves crimes empresariais.

Se a aproximação com Bolsonaro e as mortes no Ninho do Urubu, há tempos, são debatidas, desde ontem novas infrações éticas entraram na relação de imoralidades que cercam Rodolfo Landim, presidente rubronegro.

O grupo ‘Fla-Tradição’ pedirá ao Conselho, amparado em texto estatutário, a destituição do cartola, que não poderia gerir o clube na condição atual, de investigado, formalmente, por fraude através de empresas particulares.

Landim era o ‘garoto de ouro’ de Eike Batista, o que, propriamente, não se trata de cartão de visita dos mais recomendáveis.

Por fim, em traição ao que ficou decidido em reunião de clubes, o Flamengo conseguiu liminar para receber público em seu jogos, apesar do estado de pandemia que assola o Brasil.

Diversas agremiações reagiram, oficialmente, com indignação.

Além do ímpeto de traição, Landim demonstra, também por conta do apoio a agendas bolsonaristas, grau exagerado de ignorância, levando-se em consideração tratar-se de um dos líderes em movimentação para adesões a uma Liga de clubes, que, por óbvio, requer união de ideais.

Esse assunto levanta outra questão nos bastidores do Flamengo: Landim, que já tentou, também pela justiça, ser interventor da CBF, foi eleito para administrar o Mengão ou atender aos interesses das demais agremiações?

Porque, seja na condição de líder de Confederação ou de Liga, a imparcialidade, impossível diante do evidente conflito de interesses, se faz necessária.

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