Durante mais de uma década, as afamadas ‘ratazanas’ do Parque São Jorge – apelidado concedido aos cartolas do Corinthians pelo torcedor organizado – foram desnudadas por pouquíssimos órgãos de imprensa, com protagonismo, sem falsa modéstia, do Blog do Paulinho.

Porém, apesar duma sequência incrível de imoralidades e até corrupções, a indignação, notória nas mídias sociais, era abafada nas arquibancadas num sistema de distribuição explícita de dinheiro e vantagens aos Gaviões da Fiel, que, por anos, serviram de exército informal dessa gente.

Hoje não mais.

Os Gaviões, tão criticados nesse espaço, enfim, após feliz troca de diretoria, parecem ter retomado os princípios que nortearam sua fundação: representar os torcedores que não conseguiam ter voz para acompanhar, de maneira adequada, os passos da diretoria do Corinthians.

Ontem, de maneira inédita, um cartola que, por décadas, atua no esgoto do submundo alvinegro – mas não só dele -, foi lembrado como um dos responsáveis pela degradação alvinegra.

Sob as asas do afamado bicheiro Jaça chegaram ao Corinthians o deplorável Andres Sanches e se protegeram notórios parceiros do ex-presidente, como Mané da Carne e André Negão (citados na manifestação deste final de semana).

Outro espertalhão, que entrou no foco dos torcedores, é o ex-goleiro Ronaldo Giovanelli, braço de mídia desse grupo, com função de ocultar ou distorcer a realidade corinthiana na imprensa.

Não é o único, mas, sem dúvida, dos mais lamentáveis, principalmente por conta do duvidoso discurso, assim como ocorre com Marcelinho Carioca, de amor ao alvinegro.

É a utilização, asquerosa, da idolatria em desfavor de um clube que sempre o tratou com generosidade.

Muito inteligente a representação, às portas da sede do Corinthians, de um boneco de Andres Sanches segurando as cordas dos dois presidentes que o sucederam, Mario Gobbi e Roberto Andrade, acompanhados dos golpistas do clã Monteiro Alves (Adilson, Duílio e Adriano), que, há anos, se escondem sob o manto da utilização indevida da fama conquistada pelos tempos de ‘Democracia Corinthiana’, e do corruptor confesso de magistrados, Alexandre Husni.

‘Homenagens’, nesse contexto, absolutamente pertinentes.

Mas há margem para cobranças futuras de outros ‘espertalhões’, inclusive os com discursos oposicionistas, alguns incorporados ao poder sob apoio de idiotas que acreditam em ‘papai noel’, outros, tão malandros quanto, desde já trabalhando, nos bastidores, para enganar os torcedores.

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