Não é novidade que o presidente do Corinthians, Duílio ‘do Bingo’ Monteiro Alves, não se opõe à ‘Cultura’ do calote, adepto que é, há décadas, do procedimento.

O cartola deve dezenas de milhões de reais em impostos e ações trabalhistas.

Aderir à prática, tudo indica, tornou-se fundamental para alguns participarem de sua diretoria.

Dois outros caloteiros notórios, o pai e o irmão do Presidente, foram agraciados com cargos.

Destacaremos, nessa postagem, o novo Diretor Cultural, André Carrijo, que se apresenta como profissional do mercado imobiliário.

Em 2016, o cartola alvinegro, endividado, socorreu-se do amigo Angelo Confuorto para que, em nome deste (já que não possuía reputação para crédito pessoal), conseguisse empréstimo bancário no valor de R$ 120 mil, a quem pagaria, por fora, em 24 parcelas de R$ 6.887,82, totalizando R$ 165.307,68.

O sujeito estava tão ‘enrolado’ que o repasse ocorreu na conta de terceira, a Sra. Sonia Yan Hui Hsu.

Apenas as cinco primeiras parcelas foram quitadas conforme combinado.

À partir da sexta, Carrijo passou a pagar o que bem entendia, sempre à menor do que deveria.

Em 2018, nem isso (somente seis meses foram honrados).

Sem alternativa, em 06 de novembro de 2019, o Sr. Confuorto, percebendo que ao ajudar o ‘amigo’ havia entrado pelo cano, decidiu processá-lo, requerendo o pagamento integral do restante, avaliado em R$ 90 mil.

Carrijo foi intimado em 18 de fevereiro de 2020.

Somente no dia 23 de fevereiro de 2021, um mês após ingressar na nova diretoria do Corinthians – apesar de empossado oficialmente, por questões políticas, neste mês – Carrijo decidiu entrar em acordo com o credor, acertando, judicialmente, pagar-lhe R$ 90 mil em 20 parcelas de R$ 4,5 mil.

É o milagre que o Parque São Jorge costuma proporcionar a alguns dirigentes.

Quase cinco anos após o início do calote, eis que a renda, antes insuficiente, ressurgiu no bolso do cartola.

Mas, apesar da ‘graça’ alcançada, Carrijo terá que se desdobrar para manter-se adimplente, principalmente por conta de outros ‘pepinos’ que o cercam, um deles com pedido, a ser avaliado, de penhora de bens e bloqueio de contas, por pendência próxima de R$ 250 mil.

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