A divulgação do recente balanço da gestão Leco não deixa dúvidas: o São Paulo foi administrado de maneira desesperada – por títulos – e em parceria com agentes de jogadores.

Criou-se uma bolha financeira em que o clube empurrava as enormes dívidas passadas com refinanciamentos, fazia outras e, dentro desse contexto, tomava dinheiro de intermediários em troca de promover jogadores de baixo nível, pagando, por eles, altíssimo comissionamento.

Uma bola de neve que arrebentou o caixa tricolor, mas não de seus dirigentes, parceiros dos generosos empresários envolvidos no sistema.

Porém, em vez de tentar resolver o problema, o novo presidente decidiu ampliá-los, seguindo a mesma receita dos anteriores.

Se embolsará, o tempo dirá, embora seja pouco provável que não, até porque é oriundo de diretorias que se beneficiaram.

Mas, ainda que não roube, Casares, mesmo em conseguindo vencer algum campeonato – amparado em doping financeiro, agirá como os rivais brasileiros que lutam contra a falência.

A realidade é óbvia: o São Paulo não tem dinheiro para possuir o elenco atual e, a cada mês que o mantiver, se afundará.

Tudo precisa mudar.

Sem alicerce robusto, ou seja, uma gestão equilibrada, a casa que, por vezes, parece impecável, cairá, corroída pelos vermes escondidos em paredes apodrecidas pela falta de cuidado com o patrimônio tricolor.

Facebook Comments