Em recente decisão judicial, o Corinthians foi condenado a pagar R$ 490,8 mil à B2F Marketing Esportivo, registrada, assim como tantas outras que negociam com o clube, em nome de sócios do agente de jogadores Fernando Garcia, irmão do conselheiro alvinegro Paulo Garcia, dono da Kalunga.

Para viabilizar o pagamento, a Justiça determinou que os patrocinadores do Timão destinem 10% dos valores devidos à agremiação aos seus credores.

Alguns já se manifestaram, depositando dinheiro na conta que abastece a turma de Garcia, porém, acabaram por revelar números que destoam do propagandeado pela diretoria do Timão.

O guaraná Poty, que, até onde se sabia, ocupava espaço na camisa do Corinthians sob promessa de pagamento de R$ 5 milhões anuais informou que 10% do devido ao Timão, neste mês, correspondem a R$ 17.231,10.

Em sendo verdade, o valor anual do contrato seria de R$ 2.067.732,00, ou seja, menos do que a metade prevista.

Outro que realizou depósito foi o BMG: R$ 18.735,00.

Em número anuais, o patrocínio, com esses dados, seria de apenas R$ 2.248.200,00, bem distantes dos anunciados R$ 12 milhões.

A TOTVS, comprovando recente matéria do Blog do Paulinho, declarou nada ter a pagar ao Corinthians, apesar de ocupar lugar de destaque em sua camisa.

O contrato se deu, oficialmente, através de permuta.

Trocada recentemente pela Brahma, sob intermediação de Ronaldo Fenômeno, a Estrella Galícia garantiu que também nada deve ao Corinthians, assim como a Joli, que rompeu contrato com o alvinegro alegando problemas financeiros por conta da pandemia.

Em mais um exemplar de número conflitante com o exposto pelo Timão, a Positivo depositou R$ 32,5 mil, que revelariam pagamento anual de apenas R$ 3,9 milhões, muito abaixo dos R$ 8 milhões, supostamente acrescidos de participações nos lucros.

Há algo de muito errado nessas prestações de contas.

Os dirigentes do Corinthians mentiram sobre os valores dos patrocínios ou as empresas o fizeram ao judiciário?

Aproveitando que o Conselho Deliberativo do clube se reunirá, logo mais à noite, para avaliar justamente os balanços financeiros, trata-se de um bom assunto a ser questionado ao ex-presidente Andres Sanches, que, imagina-se, deverá participar dos debates.


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