Abre-te, sésamo – Wikipédia, a enciclopédia livre

Por NAPOLEÃO DUMONT

A Folha de S. Paulo (20/04, P.A9) publica longa matéria (“Magistrados tentam evitar aval a declaração de Desembargadora”) sobre diversas investigações a cerca do envolvimento de magistrados e advogados na compra e venda de decisões judiciais.

Não é o caso de resenhar aqui as suspeitas de fatos vergonhosos e criminosos que constam daquela publicação.

Mas um fato deve ser destacado: a Desembargadora presa (agora em domiciliar com tornozeleira!…) é do Egrégio Tribunal de Justiça da Bahia, do qual oito desembargadores foram afastados, além de mais três juízes do Estado.

Parece coisa de ‘Ali Baba e os 40 ladrões’, pois grande é o número de magistrados que tentam impedir que a desembargadora ‘abra o bico’, na delação premiada. Ou que o ‘abra-te sésamo’, abra a caverna do crime no judiciário… e na advocacia!…

Notem bem: trata-se do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado natal do grande jurista Ruy Barbosa, justamente quem proferiu a célebre advertência, que é hoje a legenda moral escrita logo no hall de entrada daquele corte: ‘Não há tribunais que bastem para abrigar o Direito quando o dever se ausenta da consciência dos magistrados’.

Será que nenhum dos envolvidos nunca leu essa frase? E se leu, não serviu para nada?

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