Durante o período eleitoral do Corinthians, Duílio ‘do Bingo’ Monteiro Alves, então candidato, sentia-se assombrado por postagens, em redes sociais, efetuadas por um ex-funcionário, o Sr. Edi Carlos, para quem deve, já com condenação na Justiça do Trabalho, quase R$ 100 mil (atualizados).

A informação que lhe causava calafrios era a de possuir dinheiro em paraíso fiscal.

Edi era um dos responsáveis pelo transporte de recursos da família, incluindo, ao lado de Duílio, o pai Adilson Monteiro Alves, ambos beneficiários de práticas suspeitas que sugerem ocultação de valores.

O Blog do Paulinho, no dia 28 de novembro de 2020, revelou dados da conta utilizada pela dupla no exterior.

Tratava-se do Fundo “VDK2 PANAMA, S.A”, aberto em 09 de maio de 2008, com Capital Social inicial de US$ 10 mil, localizado à avenida Samuel Lewis, reduto de Cassinos e instituições financeiras duvidosas no Panamá.

Duílio é listado como Secretário, mas, desde 13 de maio de 2018, também como ‘Diretor’, pouco após retornar à gestão de Futebol do Corinthians, pelas mãos de Andres Sanches.

Pelo regulamento do Fundo, na ausência do Presidente, quem manda é, justamente, o Secretário.

O presidente do ‘VDK2’ e, portanto, sócio de Duílio, é Roberto Carlos Kurzweil, notório ‘bingueiro’, que chegou a ser investigado, em 2006, pela CPI dos Bingos no Senado Brasileiro.

No cargo de tesoureiro está Roberto Kurzweil Neto, flagrado nas investigações denominadas ‘Panamá Papers’, em que, a Granton capital Limited, apesar de sediada nas Ilhas Virgens Britânicas, era operada de escritório na Vila Olímpia, em São Paulo.

A participação nesse ‘empreendimento’ não está declarada no Imposto de Renda de Duílio ‘do Bingo’ Monteiro Alves.

Após a repercussão da publicação no Blog do Paulinho, o Fundo, que operava desde 2008, foi, estranhamente, ‘suspendido’ ou, em tradução para o português, ‘interrompido’, sem explicações maiores para o fechamento.

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