No dia 07 de julho de 2015, o São Paulo, através de seu então presidente, Carlos Miguel Aidar, assinou contrato com o Fenerbahçe, garantindo-lhe a preferência pela aquisição de Luis Fabiano.

Pelo estranho acordo, os turcos pagariam 350 mil Euros.

10 % desse montante deveria ser destinado à Kirin Soccer, do complicadíssimo agente Joseph Lee, a quem o clube procurou para realizar a transação.

Fatos estranhos ocorreram posteriormente.

21 dias depois, na data de 28 de julho, Aidar autorizou o diretor Alexandre Passaro, após questionado por email, a pagar 35 mil Euros ao intermediário chinês.

Porém, o contrato de intermediação entre o clube e a Kirin somente ficou pronto para assinatura no dia 13 de outubro de 2015, com a empresa, nesta data, por mensagem eletrônica, solicitando a Passaro encaminhamento para aval de Aidar.

Para azar de Lee, o presidente tricolor renunciou ao cargo justamente neste dia.

A transação, definitiva, entre as partes (a transferência do jogador para a Turquia) nunca aconteceu, com Luis Fabiano deixando o clube ao final do contrato (no mesmo ano), sem que o Tricolor fosse remunerado por isso.

Em janeiro, o atacante acertou transferência ao futebol chinês.

Não há menção, no balanço do São Paulo, da entrada dos 350 mil Euros acertados com o Fenerbahçe – embora exista o contrato assinado sob essa promessa.

Por conta dessa troca de emails e do documento citado, Joseph Lee, através da Kirin Soccer, processou o São Paulo com a exigência de pagamento dos 35 mil Euros de comissão, ignorados pelo presidente Leco, que assumiu a cadeira, logo depois.

E venceu.

Na última terça-feira (06), a Juíza Mônica de Cássia Thomaz Perez Reis Lobo, da 1ª Vara Cível do Butantã, determinou que o clube pague R$ 120.977,50 ao agente, corrigidos desde 2015, que, atualizados, correspondem a R$ 210 mil.

  

 

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