Há 22 anos, Raí voltou do PSG para disputar a partida decisiva do Paulistão 1998, contribuindo, de maneira histórica, para o título do Tricolor diante do Corinthians, que, até então, era o favorito.

Dificilmente a conquista ocorreria sem a presença do ídolo Tricolor.

Exemplos não faltam de sua capacidade, como, por exemplo, os gols mágicos contra o Barcelona, na final do Mundial.

Enquanto jogador, Raí sempre liderou os clubes por onde passou, com futebol eficiente e ótimo comportamento fora das quatro linhas.

Anos depois, desde quando encarou a responsabilidade de ser cartola máximo do futebol são-paulino, ingressou num submundo em que se via obrigado a acatar ordens de um presidente de má-fama e a conviver com agentes de jogadores com índoles lamentáveis.

Sofreu, errou, acreditou em quem não deveria, quase fracassou.

Por conta disso, os atuais candidatos a presidente do São Paulo tem quase como plataforma de campanha demiti-lo.

Resta saber se haverá, diante do atual momento do futebol tricolor, coragem de fazê-lo.

Raí virou o jogo justamente quando bancou, na contramão do desejo de quase todos, inclusive de torcedores, o trabalho controverso de Fernando Diniz, treinador ousado e, por isso, sempre no limite entre o êxito absoluto e o fracasso retumbante.

Hoje, o São Paulo aproxima-se da conquista do Brasileirão 2020.

Se ela vier, Raí, desta vez de cartola, será lembrado, novamente, como uma espécie de ‘Marechal da Vitória’, ainda que acompanhe o final da história longe do Morumbi, se, de fato, cumpridas as promessas do futuro mandatário Tricolor.

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