Na tentativa de ser mais esperto do que a própria esperteza, José Carlos Peres, presidente afastado do Santos, tentou retomar o cargo em manobra judicial.

O cartola ingressou, ontem, com pedido de liminar para cancelamento da reunião anterior do Conselho Deliberativo, e também das próximas, alegando cerceamento de defesa.

Pediu também a marcação de assembleia para que pudesse expor seus argumentos.

O magistrado de plantão respondeu:

“É o caso de não conhecimento do pedido do autor, por não se tratar de matéria sujeita ao plantão judicial, com determinação de remessa dos autos ao juiz natural após o seu término”

“Não há qualquer urgência no pedido do autor, a justificar a análise da quaestio iuris, hoje, dia 31/10/2020, no estreito âmbito do plantão judiciário”

“Causa urgente não se confunde com ser desidioso na defesa dos seus próprios interesses”

“O autor teve e tem tempo mais do que suficiente para ajuizar demanda durante o horário de atendimento normal do Poder Judiciário”

“Diante das datas dos atos questionados citadas na inicial (causa de pedir), não há urgência que justifique a distribuição do feito neste dia (31/10/2020) tampouco seu conhecimento”

“Não há risco de perecimento iminente do direito”

Prestes a sofrer o impeachment, Peres, como se estivesse rastejando, se esforça para sair do clube cada vez mais humilhado.

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