Na última semana, o jogador Auro, através da empresa ‘Cruz & Hertal Atividades Esportivas’, ingressou na Justiça contra o São Paulo cobrando 30% de sua própria transação ao Toronto, do Canadá.
O negócio foi fechado em 2019, após período de empréstimo (iniciado em 2018), pelo valor de US$ 600 mil (R$ 3,4 milhões na cotação atual).
A documentação que embasa o caso é absolutamente escandalosa e demonstra bem como funcionava a gestão de Carlos Miguel Aidar, não à toa expulso do clube, sob acusações de corrupção.
No dia 24 de setembro de 2014, o São Paulo firmou contrato com Auro prometendo-lhe ceder, gradativamente, 10% de seus direitos a cada ano que permanecesse no clube, até o limite de 30%.
Curiosamente, a ‘Cruz & Hertal’, discriminada no documento, somente foi constituída seis meses depois, em 23 de março de 2015.
Em outubro de 2019, Auro notificou o São Paulo da pendência, ou seja, US$ 200 mil (R$ 1,1 milhão), recebendo, em resposta, a confissão de dívida da agremiação e a promessa de pagamento, que nunca aconteceu.
Com a ‘faca e o queijo’ nas mãos, o atleta, em seu pedido judicial, datado da última terça-feira (03), exigiu, também, que o clube apresentasse o documento de transferência firmado com o Toronto, como forma de comprovar os valores do negócio.
O que não deixa se ser estranho, porque o contrato, ao qual o Blog do Paulinho teve acesso, contém a assinatura, ainda que apenas digital, do jogador.
A ação segue na 4ª Vara Civil e o São Paulo ainda não foi notificado.
Documento de constituição da empresa ‘Cruz & Hertal’, de Auro
Contrato em que o SPFC cede 30% dos direitos a Auro, com anuência de Carlos Miguel Aidar
Confissão de dívida do São Paulo, assinada pelo advogado Renato Renatino Santos
Contrato de venda de Auro ao Toronto, assinado por Leco e Auro