Com dez meses de atraso, enfim, os conselheiros do Corinthians foram convocados para avaliação das contas da gestão Andres Sanches, referentes ao exercício 2019.
A reunião será no próximo dia 20, às 19h.
Assinado pelo presidente do Conselho, Antonio Goulart, que, por omissão e covardia de seus pares, permanece no cargo apesar de três condenações por improbidade administrativa, o oficio, de cara, apresenta erro gritante: enviado ontem, dia 1º, contém a data de 05 de outubro, que ainda está por vir.
Sobre as contas, em si, ficou nítida a proteção do órgão para que o presidente Andres Sanches apresentasse a contabilidade somente após a concretização da venda de Pedrinho, que não ameniza, de fato, nenhuma das notórias irregularidades, mas servirá de argumentação para o dirigente alegar que ‘tratou-se de problema passageiro” e que “agora as coisas voltaram ao normal”.
No barulho, evidentemente, cairão os adeptos do cartola e quem, por política, preferir deixar as coisas como estão.
Chama a atenção, também, o item “apresentação do contrato de naming-rights’.
Se repetido o ocorrido em reunião do CORI tratar-se-á de um embuste.
À ocasião, nenhuma folha de documento foi apresentada, apenas explicações genéricas de informações das quais a mídia já teve acesso sem que nada relevante, efetivamente, fosse esclarecido.
Qualquer clube sério reprovaria as contas de Andres Sanches e sua ‘Renovação e Transparência” por unanimidade.
Não apenas as atuais, mas também as anteriores, avalizadas pelos gênios da ficção, os ex-diretores de finanças Raul Corrêa da Silva e Emerson Piovesan.
Se votadas meses atrás, diríamos até que a possibilidade de rejeição era razoável.
Às vésperas das eleições, nesse verdadeiro feirão político do Corinthians, em que o presidente do Conselho é condenado por desviar finalidade de verba pública e, ainda assim, é mantido no cargo, tudo pode acontecer.