Roberson de Medeiros, vulgo ‘Dunga’, sempre foi conhecido no Parque São Jorge como ‘soldadinho’ de Andres Sanches e ‘empregadinho’ de André Negão.

Beijava-lhes as mãos com a destreza utilizada para ameaçar jornalistas e membros do conselho.

Participou do movimento ‘Fora Dualib’, que era financiado pelos citados cartolas com dinheiro dos negócios de Kia Joorabchian.

Hoje, com as movimentações de bastidores conhecidas do departamento de futebol, ao longo dos últimos quatorzes anos, sabe-se que o retorno, de longe, superou o investimento.

Dunga, assim como outros membros da ‘tropa de choque’ de Sanches, acabou recompensado e hoje ocupa o cargo de Presidente do Cori.

Não dá para esperar, diante desse contexto, que o órgão seja chefiado de maneira independente.

Anteontem (09), o CORI aprovou nova projeção de gastos do clube sem receber, previamente, parecer do Conselho Fiscal.

Logo após a reunião, Dunga revelou que Andres Sanches esclareceu dúvidas de todos os presentes sobre o contrato dos ‘naming-rights’ do estádio de Itaquera, firmado há poucos dias, com a suspeita ‘Hypera Farma’.

A verdade é bem diferente.

Sanches levou um advogado da empresa ao encontro que, sem apresentar o contrato, limitou-se a explicações genéricas e evasivas sobre o acordo, a maior parte delas já divulgada pela mídia.

Nenhum detalhe relevante foi explorado.

De maneira pusilânime, Dunga avalizou como correto o fato, estatutariamente irregular, de Sanches ter assinado um contrato de valores e prazos relevantes sem prévia consulta ao CORI, repetindo discurso da diretoria de que o acordo foi firmado pelo Arena Fundo, e não pelo Corinthians, o que desobrigaria a necessidade de prévia aprovação.

Fosse assim, por que levar a discussão ao CORI, quando, pela tese elencada, se trata de assunto alusivo a terceiros?

A verdade, documentada, é de que o Corinthians é um dos ‘donos’ do Arena Fundo, ao lado de empresas ligadas à Odebrecht, sendo que todo o dinheiro que movimenta a operação (100%!!!) é originário dos caixas do Parque São Jorge.

Qualquer distorção desses fatos somente pode existir no âmbito da malandragem.

O Corinthians, há mais de uma década, funciona como se fosse uma organização mafiosa: um ‘Chefão’, dois ou três ‘gerentes’ com poder relevante, diversos puxa-sacos com negociatas liberadas brigando pela atenção da cúpula, todos resguardados por ‘seguranças’ das arquibancadas, como a turma que ontem protestou contra jogadores e treinador por conta da derrota para o Palmeiras, mas esqueceu-se de Andres Sanches e Duílio ‘do Bingo’, ambos responsáveis pela montagem do atual elenco de futebol.

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