Contra fatos, não há argumentos: pode-se discordar – e existem diversas razões para que isso ocorra, de alguns comportamentos editoriais e comerciais da Rede Globo, mas é impossível negar que a concorrência, após décadas de embates, segue há anos luz de distância da emissora.

Ninguém transmite futebol como a Globo.

Não se trata, nesse caso, de avaliar desempenho de narradores e comentaristas, mas sim de imagem, som e demais tecnicalidades.

Assim como o reality show da Globo é mais bem sucedido do que a soma de todos os outros… e as novelas… para não falar no Jornal Nacional, tão brilhantemente editado que não perde qualidade nem mesmo com o rodízio de apresentadores.

Chegaremos, então, ao tema principal dessa postagem: o VAR.

No Brasil, o árbitro de vídeo existe porque a tecnologia é financiada, filmada, editada e distribuída às Federações e Confederações pela Rede Globo, que arcam apenas com os custos dos especialistas do jogo, em si.

Não fosse assim, e ainda estaríamos, talvez, discutindo a implementação do serviço.

Digamos que a Globo seja deixada de lado dos principais campeonatos do país e os clubes decidam, todos, transmiti-los pelas mídias sociais: quem vai operar, fornecer e bancar o VAR?

Eis uma discussão que não foi pensada, nem mensurada, por nenhum dos articuladores do rompimento.

É fato que deve existir concorrência mais equilibrada entre emissoras e que os clubes tem o direito, desde que dentro da lei e não infringindo contratos vigentes, de encontrarem o que considerem a melhor solução comercial aos seus interesses, mas, diante disso tudo, quem bancará o VAR, e, principalmente, diante da imensa distância técnica entre Globo e rivais, quem há de disponibilizá-lo com a mesma qualidade?

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