Eduardo Gaguinho e Andres Sanches

O MP-SP corrigiu a pendência que o Corinthians possuía com o Estado por conta do descumprimento de contrapartidas para liberação da construção do estádio de Itaquera.

De R$ 12 milhões, a divida passará a R$ 39 milhões.

A ação já está em fase de execução, conforme demonstrou o Blog do Paulinho, há alguns dias.

Porém, o prejuízo total é muito maior.

Insere-se ao que precisará ser honrado o que já foi gasto, anteriormente, com a empresa prestadora de serviços que, de fato, ergueu uma creche na Zona Leste de São Paulo.

Especula-se R$ 8 milhões.

Há ainda uma multa, de R$ 800 mil, que não foi paga, por litigância de má-fé durante a defesa do referido processo.

É justamente nesse ponto que surge o grande mistério.

O Corinthians foi condenado por descumprir o prazo final para comprovação, detalhada, dos gastos das contrapartidas, já que, fisicamente, o prédio foi levantado.

Por que não consegue fazê-lo?

Deveria, porque a empreiteira contratada para a obra foi indicada pelo diretor adjunto de futebol, Eduardo ‘Gaguinho’ Ferreira, que seria, dizem as boas linguas, o proprietário oculto do negócio.

O que sugere ainda mais a promiscuidade é que, apesar de, somados o que foi gasto e o que será cobrado pela justiça, o Corinthians estar perto de um prejuízo avaliado em R$ 47 milhões, nenhuma medida de reparação foi tomada pelo alvinegro contra os construtores.

A única resposta, divulgada em nota, de que “está trabalhando na resolução das contrapartidas”, é absolutamente destoante da realidade.

O clube teve dois prazos determinados pelo MP-SP para cumprir as obrigações: o primeiro venceu em 2011 e o derradeiro, no último 31 de dezembro de 2019.

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