O MP-SP corrigiu a pendência que o Corinthians possuía com o Estado por conta do descumprimento de contrapartidas para liberação da construção do estádio de Itaquera.
De R$ 12 milhões, a divida passará a R$ 39 milhões.
A ação já está em fase de execução, conforme demonstrou o Blog do Paulinho, há alguns dias.
Porém, o prejuízo total é muito maior.
Insere-se ao que precisará ser honrado o que já foi gasto, anteriormente, com a empresa prestadora de serviços que, de fato, ergueu uma creche na Zona Leste de São Paulo.
Especula-se R$ 8 milhões.
Há ainda uma multa, de R$ 800 mil, que não foi paga, por litigância de má-fé durante a defesa do referido processo.
É justamente nesse ponto que surge o grande mistério.
O Corinthians foi condenado por descumprir o prazo final para comprovação, detalhada, dos gastos das contrapartidas, já que, fisicamente, o prédio foi levantado.
Por que não consegue fazê-lo?
Deveria, porque a empreiteira contratada para a obra foi indicada pelo diretor adjunto de futebol, Eduardo ‘Gaguinho’ Ferreira, que seria, dizem as boas linguas, o proprietário oculto do negócio.
O que sugere ainda mais a promiscuidade é que, apesar de, somados o que foi gasto e o que será cobrado pela justiça, o Corinthians estar perto de um prejuízo avaliado em R$ 47 milhões, nenhuma medida de reparação foi tomada pelo alvinegro contra os construtores.
A única resposta, divulgada em nota, de que “está trabalhando na resolução das contrapartidas”, é absolutamente destoante da realidade.
O clube teve dois prazos determinados pelo MP-SP para cumprir as obrigações: o primeiro venceu em 2011 e o derradeiro, no último 31 de dezembro de 2019.