O ex-jogador Cicinho, famoso por sua vitoriosa passagem pelo São Paulo, concedeu entrevista ao Estadão, confirmando seu problema com alcoolismo desde os tempos de Botafogo/SP, ainda adolescente.

Em meio a citações religiosas (80% do texto), que demarcam bem sua limitação intelectual, separamos frases, de fato, mais relevantes, que servem para demonstrar o que ocorre, frequentemente, nos bastidores da bola:

Percebi que estava exagerando quando perdi o prazer de realizar meu trabalho, de jogar futebol. Sempre fui apaixonado por futebol”

“Não tinha mais prazer em entrar em campo, treinar e concentrar. Eu tinha 30 anos e estava jogando na Roma, em 2010”

“Comecei a beber com 13 para 14 anos, quando fui para o Botafogo de Ribeirão Preto”

“Falaram que cerveja era legal, e eu tomei. Tudo começou com o primeiro gole e fui parar com 30 anos. Quase 20 anos bebendo. Até ir para o Atlético-MG era só cerveja, porque não tinha dinheiro”

“Depois que comecei a ter dinheiro, passei a beber de tudo”

“E cigarro eu fumei por 11 anos, de 1999 a 2010. Eu só fumava quando bebia, mas bebia, hein?! Todo dia”

Eu bebia mais ou menos dez caixas de cerveja por dia”

Diversos fatores, combinados, mas nem sempre visíveis aos olhos dos torcedores, são responsáveis pelo término precoce de carreiras promissoras.

Cicinho é apenas um entre centenas de exemplos.

Essa é a razão da necessidade de profissionais qualificados nos clubes, desde as categorias de base, capazes de diagnosticar, com antecedência, possíveis problemas, ainda em tempo de encontrar soluções.

No atual sistema, em que treinadores estão mais preocupados em formar mercadorias para rachar comissões com intermediários, o ser-humano é deixado de lado e, frequentemente, a merce de desvios de conduta incompatíveis com a profissão.

Facebook Comments