De banda de olho, assistia o Paraná Clube perder para o Bahia de Feira de Santana, por dois a zero, em casa, pela Copa do Brasil.

Pensei: “já era… que decadência…”

Mas não existe limites para esse magnífico esporte que é o futebol.

Aos 46 do segundo tempo, os paranaenses diminuíram, no que parecia, apenas, tratar-se do ‘gol de honra’.

Mas não: um minuto depois, aos 47, dois a dois.

A partida iria para a disputa de penalidades, o que tratava-se, desde já, de grande feito de superação.

Mas o jogo estava, mais do que isso, fadado a entrar para a história.

50 minutos, o Paraná no contragolpe e o ataque promissor foi parado com falta, na entrada da área.

Entre discussões e quase brigas, três minutos se passaram até que Renan Bressan, com absurda precisão e sangue frio, jogou a bola por cima da barreira, que passou ao lado do goleiro, sobre a cabeça de um zagueiro, bateu no travessão e morreu dentro do gol.

Um deleite, verdadeira homenagem ao futebol.

Agradeci por não ter desviado o olhar diante de um jogo que, em regra, não perderia tempo em assistir.

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