Signatária de convenção trabalhista que a obrigava a arcar com indenizações judiciais cobradas de seus jornalistas, a Editora Abril, em recuperação judicial, que, aparentemente, não atinge seus proprietários, que seguem ostentando relevante condição financeira, abandonou André Rizek.

O então repórter foi condenado a pagar R$ 620 mil em indenização por publicar reportagem que citava, entre viciados de cocaína, um jogador juvenil.

Rizek, contrário ao texto final da matéria, manipulado e avalizado pela editoria, assinou a reportagem.

À muito custo, após pressões diversas, a Abril aceitou quitar apenas metade da pendência, sobrando R$ 310 mil, que o jornalista acertou, recentemente, segundo informação de Mônica Bérgamo, da FOLHA.

Triste retrato do descaso e da insegurança que cercam a profissão.

Editores bem relacionados, mas medíocres, atrapalhando matérias de talentos notórios que, invariavelmente, são tolhidos para não contrariarem interesses das corporações, que, no primeiro sinal de aperto, descumprem obrigações assumidas e jogam no colo do mais fraco a solução de seus problemas.

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