Da FOLHA

Por JUCA KFOURI

Será impossível no Brasil processos de privatização ou de concessão, tenham o nome que tiverem as negociações entre governos e a iniciativa privada, serem acima de suspeitas?

Não é que nem bem anunciada a concessão do Pacaembu começam a pipocar, com respaldo do Ministério Público, denúncias sobre a participação de personagens que não poderiam concorrer, ou por fazerem parte de organismos da prefeitura paulistana, ou por terem sido funcionários da empresa que ganhou a concorrência?

E passando por cima de prazos estipulados pelo Ministério Público!

Pois está nas mãos da juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi decidir se tudo correu como deveria ou se há névoas sobre o processo de concessão do complexo esportivo que serve a população paulistana desde 1940.

Desnecessário repetir que estádios esportivos não precisam, necessariamente, ser geridos pelo poder público, mas, diante do que estamos testemunhando acontecer tanto em relação ao Maracanã quanto ao Mineirão, para não falar do Mané Garrincha, das Arenas Pantanal, das Dunas, da Amazônia etc., todo cuidado é pouco.

Primeiro eles mentem sobre a necessidade de construções ou reformas, sempre com dinheiro público. Depois eles entregam a preço de banana.

Ou não pagam, como acontece com a Arena Corinthians.

A memória de Mário Covas merece ser preservada.

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