O agente de jogadores Vagner Mancini virou notícia, ontem, ao protagonizar áudio dizendo ter sido efetivado como treinador, pela diretoria do São Paulo, para, quatro horas depois se ver trocado pelo ótimo Fernando Diniz.

Na mesma mídia garantiu que o episódio selou sua saída do Tricolor.

Faz algumas semanas, o Blog do Paulinho tem noticiado insatisfação do lateral Daniel Alves dentro do convívio no departamento de futebol do clube, razão pela qual cogitou, inclusive, não iniciar 2020 no Morumbi.

Mancini era o desafeto principal.

Leitores deste espaço sabem do que o ‘empresário’ é capaz nos bastidores, práticas que estavam desagradando alguns jogadores, entre os quais o citado craque.

Com o time desacreditado, Mancini, que dizia não querer ser treinador no São Paulo, enxergou grande oportunidade profissional, de ‘turbinar’ ganhos em seu oficio ‘paralelo’, com poder de decisão, não apenas sugestionando as transferências.

Ao dar com os burros n’água, desabafou, aproveitando-se para atacar o desafeto Daniel Alves.

Há quem diga até que o vazamento do áudio teria sido arquitetado pelo próprio.

O São Paulo se livrou de boa, mas é culpado por trazer para seu convívio gente de fama conhecida, absolutamente incompatível com a formação de bom ambiente.

Assim como a atual proximidade com outro agente, Kia Joorabchian, através do preposto Giuliano Bertolucci, precisa ser observada com atenção antes que a dupla aproveite-se do desespero do clube por conquistas e passe a dar as cartas na agremiação.

Diniz foi sugestão deles, não de Alves, apesar dele e de boa parte do elenco ter avalizado o nome, o que é natural e importante.

Cabe agora ao treinador limitar-se aos desígnios da profissão e à diretoria respaldá-lo, sem que ambos sintam-se obrigados a atender interesses de terceiros, por vezes, conflitantes com a necessidade esportiva do São Paulo Futebol Clube.

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